ICB - Mestrado em Ciências Fisiológicas : Fisiologia Animal Comparada (Dissertações)
https://repositorio.furg.br/handle/1/58
2024-03-19T12:41:25ZInteração entre as radiações infravermelha e ultravioleta em células melanocíticas
https://repositorio.furg.br/handle/1/9661
Interação entre as radiações infravermelha e ultravioleta em células melanocíticas
Lettnin, Aline Portantiolo
Por muitos anos, pesquisas foram desenvolvidas para esclarecer o impacto da radiação ultravioleta (UV) sobre a saúde humana, por esta ser considerada a radiação solar mais nociva e mutagênica do espectro eletromagnético não ionizante. Posteriomente foi observado dentre as demais radiações solares, que a radiação infravermelha (RIV) também poderia causar efeitos biológicos sobre a pele humana. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar se a pré-exposição à RIV atérmica pode causar um efeito protetor dos danos citotóxicos causados pela UV, em uma linhagem celular melanocítica, melan-a. A partir deste propósito, foi analisada a proliferação e viabilidade celular após exposição à radiação ultravioleta A (UVA), radiação ultravioleta B (UVB), RIV e interação RIV com UVA ou UVB, a capacidade de causar danos no DNA, peroxidação lipídica, a produção de espécies reativas de oxigênio (ERO) e a capacidade antioxidante total. Para exposição à radiação UVA foram utilizadas as doses 0,2 J/cm2; 0,4 J/cm2; 0,8 J/cm2; 1,2 J/cm2 e 1,6 J/cm2 para teste com MTT; 0,8 J/cm2; 1,2 J/cm2; 1,6 J/cm2; 2,0 J/cm2 e 2,4 J/cm2 para teste com azul de trypan. Para exposição à radiação UVB foram utilizadas as doses 0,005 J/cm2; 0,01 J/cm2; 0,015 J/cm2; 0,03 J/cm2 e 0,05 J/cm2 e para RIV-A as doses 0,8 J/cm2; 1,6 J/cm2; 2,5 J/cm2; 3,3 J/cm2 e 4,2 J/cm2. Os resultados mostram que a radiação UVA, UVB e RIV foram capazes de inibir a proliferação e alterar a viabilidade de forma dose e tempo dependentes. Para os experimentos com interação, foram escolhidas as doses 1,2 J/cm2 de UVA, 0,015 J/cm2 de UVB e 0,8 J/cm2 de RIV. A dose de UVA escolhida induziu proliferação celular, a dose de UVB inibiu proliferação celular, enquanto que a dose de RIV não alterou a proliferação celular. Na interação com a radiação UVA, a pré-exposição à RIV não foi capaz de diminuir a proliferação celular induzida pela radiação UVA, em todos os tempos analisados. Já na interação com a radiação UVB, a pré-exposição à RIV foi capaz de estimular a proliferação celular 24 horas após a exposição, porém este efeito foi perdido nos demais tempos analisados. Desta forma, as análises de danos celulares e estresse oxidativo foram realizadas para interação entre RIV e UVB nos tempos 0, 24 e 48 horas após a exposição. A pré-exposição à RIV protegeu as células dos danos no DNA e peroxidação lipídica induzidos por UVB. Os danos no DNA foram protegidos em 0 e 24 horas após irradiações e a peroxidação lipídica foi protegida em todos os tempos. Esta proteção possivelmente não esteve relacionada ao estresse oxidativo observado, uma vez que houve o desbalanço entre produção de ERO e sistema de defesa antioxidante 24 e 48 horas após a exposição. Sendo assim, a RIV atérmica protegeu os melanócitos não tumorais (melan-a) dos danos causados pela exposição à radiação UVB e ainda, sugere-se a necessidade de reexposições a RIV para manter o efeito protetor desta radiação.
2015-01-01T00:00:00ZEFEITOS DA RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA B NA MORFOFISIOLOGIA DA CÉLULA ESPERMÁTICA DE OVINOS DURANTE O ARMAZENAMENTO A 5º C.
https://repositorio.furg.br/handle/1/8842
EFEITOS DA RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA B NA MORFOFISIOLOGIA DA CÉLULA ESPERMÁTICA DE OVINOS DURANTE O ARMAZENAMENTO A 5º C.
Cestaro, Daniele Souza de Senna
Apesar de animais mamíferos apresentarem reprodução interna, a aplicação de tecnologias com a utilização de gametas pode leva-los a receberem alguma quantidade de radiação ultravioleta B durante sua manipulação. O sêmen é normalmente acondicionado em recipientes transparentes que permitem a passagem da radiação podendo alterar a função espermática. Além disso, o processo de resfriamento para armazenagem de gametas causa diminuição da viabilidade, fazendo uma somatória de situações que afetam a integridade e qualidade espermática. O objetivo desde estudo é avaliar os efeitos da radiação ultravioleta B sobre a morfofisiologia da célula espermática de ovinos. Foram utilizadas doses de sêmen fresco de 7 animais, em 6 coletas, totalizando 42 ejaculados. As amostras foram diluídas com Tris Gema e receberam radiação UVB em tempos diferentes: 0, 30s, 60s, 90s, 120s e 150s, correspondentes as seguintes doses: 0 - 2,199 mJ/cm2 - 4,398 mJ/cm2 - 6,597 mJ/cm2 - 8,796 mJ/cm2 - 10,995 mJ/cm2. As avaliações foram em duplicatas e realizadas imediatamente após a exposição à radiação, em seguida as amostras foram conservadas em caixa condicionadoras a 5° C para análise em 24 e 48 horas após a exposição. Os espermatozoides foram avaliados quanto à: motilidade no sistema computer assisted sperm analysis (CASA); integridade membrana plasmática, funcionalidade de mitocôndria, integridade de DNA e acrossoma em microscópio de fluorescência. A exposição ocasionou danos nas seguintes estruturas: acrossoma, membrana e mitocôndria. Não observou-se dano ao DNA em nenhuma dose de radiação. O tempo de 24h e 48h após a exposição à UVB condicionado em 5° C não se observou perdas na qualidade in vitro das estruturas celulares. A cinética espermática ficou alterada em vários aspectos na zero hora, principalmente na motilidade total e progressiva que em doses menores diminuiu a motilidade e na maior dose ficou igual ao controle na zero hora. Assim, a UVB promoveu uma diminuição da qualidade das estruturas espermáticas sem interromper a motilidade.; The objeticve from the study is to evaluate the effects of ultraviolet B radiation on morphophysiology the spermatozoa ram. Six ejaculates from seven rams were used in experiment, totaling 42 ejaculates. The ejaculates were diluted with Tris-egg yolk, which received UVB radiation at different times: 0, 30s, 60s, 90s, 120s and 150s. The evaluations were carried out in duplicate and immediately after the exposure, the samples were subsequently stored in conditioner box at 5 ° C for analysis at 24 and 48 hours. The sperm were evaluated for: motility in computer assisted sperm analysis system (CASA); plasma membrane integrity, mitochondrial function, DNA integrity and acrosomal fluorescence microscope. The exposure caused damage to the acrosome, membrane and mitochondria. The DNA remained intact. The time of 24h and 48h at 5 ° C did not change structures. The sperm kinetics was changed in several respects, motility was lower than the control when had exposure in lower exposure time. The damage was exacerbated in periods of 24 and 48 hours on various parameters of sperm kinetics. Thus, UVB has promoted a reduction in the quality of sperm motility structures without breaking.
2016-01-01T00:00:00ZAvaliação da expressão de genes da via TOR durante a consolidação da memória em zebrafish (Danio rerio) de diferentes idades
https://repositorio.furg.br/handle/1/8720
Avaliação da expressão de genes da via TOR durante a consolidação da memória em zebrafish (Danio rerio) de diferentes idades
Peixoto, Carolina da Silva
A síntese proteica é um evento chave para a formação de memórias de longa duração, e muitos estudos vem investigando quais vias de sinalização intracelular estão envolvidas neste processo. Sabemos também, que ao longo do envelhecimento, os processos básicos de manutenção das funções celulares vão ficando mais lentos e podem apresentar problemas, gerando patologias. Uma das vias de controle da síntese proteica é a da proteína TOR, que de maneira geral regula o processo traducional. Assim, o objetivo deste trabalho foi investigar os padrões de expressão de genes relacionados a promoção da síntese proteica durante a consolidação da memória em zebrafish (Danio rerio) juvenis, adultos e senescentes. Para isso, os animais foram submetidos ao protocolo de treino na esquiva inibitória, seguida da retirada de tecido cerebral 30 min, 3 h e 6 h após o treino, para avaliação de expressão gênica de BDNF, TOR e dois de seus alvos (eIF4E-BP e p70S6K) em RT-PCR. Os resultados deste trabalho mostram que há diferenças entre o padrão de expressão gênica entre os animais de diferentes idades. Mas, todos os grupos demonstram um aumento na expressão de BDNF nas fases iniciais da consolidação da memória, persistindo até 6 h após o treino. Este resultado ocorreu tanto nos animais submetidos ao choque, quanto nos animais que apenas entraram no aparato. Isso nos leva a pensar que tanto o aprendizado aversivo, quanto a exposição ao novo ambiente desencadeiam respostas de plasticidade sináptica nestes animais. Além disso, a expressão gênica da TOR e suas duas principais efetoras (4E-BP e p70S6K) manteve os mesmo padrão de aumento que BDNF nas três diferentes idades, sugerindo que esta via está ligada a plasticidade sináptica em zebrafish.; TOR is a protein kinase involved in modulation of mRNA translation thereby regulating the protein synthesis. In neurons, this role is particularly important in the memory consolidation of long-term memory (LTM). One of the modulators of the TOR is brain derived neurotropic factor (BDNF), which promotes by TOR signaling the protein synthesis, synapses strengthening and creating new neural networks. We investigate the gene expression pattern of this pathway during memory consolidation in zebrafish of different ages. Our findings demonstrate that in senescent animals TOR activation occurs in the early phase of consolidation, following the same pattern of BDNF expression. Already, in juvenile and adult animals this increase did not happen, as the BDNF expression also not so pronounced. Furthermore, the expression of the main protein regulated by TOR protein synthesis (4E-BP and p70S6K) remains the same pattern of TOR protein for all groups.
2014-01-01T00:00:00ZToxicidade do cobre na reprodução do copépode eurialino Acartia tonsa em diferentes salinidades
https://repositorio.furg.br/handle/1/8277
Toxicidade do cobre na reprodução do copépode eurialino Acartia tonsa em diferentes salinidades
Lauer, Mariana Machado
No presente estudo foi avaliado o efeito do cobre na reprodução do copépode Acartia tonsa. Machos e fêmeas adultos foram expostos (6 dias) separadamente a diferentes combinações de concentração de cobre, salinidade (5, 15 e 30) e via de exposição (fase dissolvida, fase dissolvida mais transferência trófica e transferência trófica). Após exposição, foram determinadas a produção de ovos e a taxa de eclosão dos ovos. Na ausência de cobre, a produção de ovos foi diretamente dependente da salinidade, porém esta não afetou a taxa de eclosão dos ovos. Por sua vez, o cobre afetou tanto a produção de ovos quanto a taxa de eclosão. Com base nas concentrações de cobre dissolvido, os valores de CE50 (IC 95%) para produção de ovos foram 9,9 (6,911,3), 36,8 (33,6-40,1) e 48,8 (42,3-55,0) µg Cu/L para a exposição via fase dissolvida nas salinidades 5, 15 e 30. Para a exposição via fase dissolvida mais transferência trófica, estes valores foram de 40,1 (36,3-47,9), 63,7 (56,5-76,4) e 109,9 (90,3-150,9) µg Cu/L, respectivamente. Após exposição via alimento, o cobre reduziu a produção de ovos em cerca de 40% em relação ao número de ovos produzidos pelos organismos controle, independentemente da concentração de cobre e da salinidade testada. A exposição ao cobre dissolvido na água diminuiu significativamente a taxa de eclosão dos ovos nas salinidades extremas (5 e 30), enquanto que na salinidade intermediária (15), apenas a exposição via alimento causou toxicidade. Os resultados obtidos indicam que os efeitos do cobre na reprodução do copépode A. tonsa dependem tanto da salinidade quanto da via de exposição ao metal, sugerindo, portanto, que ambos parâmetros devam ser considerados em uma futura versão do Modelo do Ligante Biótico para ambientes estuarinos e marinhos.; In the present study, copper toxicity on the reproduction of the euryhaline copepod Acartia tonsa was evaluated. Male and female copepods were exposed (6 days) separately to different combinations of copper concentration, salinity (5, 15 and 30 ppt) and via of exposure (waterborne, waterborne plus dietborne and dietborne). After exposure, egg production and egg hatching rate were determined. In control copepods (no copper addition to water or food), egg production was positively related with salinity. However, egg hatching rate was not significantly affected. On the other hand, copper exposure affected both egg production and egg hatching rate. Based on dissolved copper concentrations, EC50 (95% CI) values for egg production after waterborne exposure were 9.9 (6.9-11.3), 36.8 (33.6-40.1) and 48.8 (42.3-55.0) µg Cu/L at salinities 5, 15 and 30 ppt, respectively. For waterborne plus dietborne exposure, they were 40.1 (36.3-47.9), 63.7 (56.5-76.4) and 109.9 (90.3-150.9) µg Cu/L, respectively. After dietborne exposure, a decrease in egg production about 40% was observed, disregarding the copper concentration and salinity tested. Waterborne copper exposure significantly reduced the eggs hatching rate in the extreme salinities (5 e 30 ppt), while in he intermediate (15 ppt) salinity only the dietborne exposure induced toxicity. These results indicate that the copper effects on the reproduction of the copepod A. tonsa are dependent on salinity and via of exposure, suggesting that both parameters should be taken into account in the development of a future version of the Biotic Ligand Model for estuarine and marine environments.
2008-01-01T00:00:00Z