Oficinas de formação continuada: reflexões sobre o corpo na constituição do ser professor

Abstract

Este artigo pretende enfocar as experiências vivenciadas por um grupo de professoras dos Anos Iniciais da Rede Municipal de Ensino da cidade do Rio Grande/RS, que participaram do curso de formação continuada “Oficinas Estéticas: atividade criadora e prática pedagógica”. No presente texto será destacada a oficina intitulada: “corpos que expressam sentimentos e constituem gênero”. O trabalho tem o intuito de refletir acerca dos sentimentos e signos que expressam e imprimem marcas do corpo, os quais contribuem para a constituição do ser professor e influenciam na sua prática pedagógica. A perspectiva teórica que fundamenta este estudo está baseada na abordagem sócio-histórica vinculada a alguns autores contemporâneos que discutem a questão da corporeidade. As oficinas foram analisadas com base na abordagem microgenética, que está inscrita numa interpretação histórico-cultural e semiótica dos processos humanos, analisando minuciosamente as interações sociais dos sujeitos envolvidos na pesquisa. Os resultados evidenciam que a noção de corporeidade está vinculada aos corpos sem movimento, que precisam ser controlados e moldados, seguindo um padrão definido pela sociedade.