Abstract:
Este estudo teve sua motivação em quase quinze anos de trabalho da autora em Instituição Hospitalar, em que pôde observar, empiricamente, que as relações de comunicação entre profissionais de saúde e pacientes ocorrem de maneira verticalizada, nas quais o profissional transmite o seu saber, impondo e negando o direito à voz do outro e, em conseqüência, negando-lhe, também, a autonomia de decidir. Transformando essa assertiva em uma questão hipotética, foi constatada a sua confirmação, por ocasião do desenvolvimento da presente pesquisa, cujo objetivo geral foi compreender como vem se dando a participação do cliente/paciente no processo de tomada de decisão. Visando atingir o objetivo pretendido, foi desenvolvido um estudo qualitativo em uma Unidade de Internação Cirúrgica, de um Hospital Universitário, público, do Estado do Rio Grande do Sul. Os sujeitos da pesquisa foram os clientes/pacientes de cirurgia eletiva e os profissionais de saúde (médicos e membros da equipe de enfermagem). A coleta de dados deu-se por meio do uso das técnicas de observação e entrevista. Ambas as técnicas seguiram um roteiro pré estabelecido. A análise dos dados emergentes permitiu comprovar que é o paciente quem decide procurar auxílio médico e que os profissionais parecem percebê-lo somente como um caso cirúrgico, não se identificando perante ele nem fornecendo informações a respeito de exames e procedimentos realizados. Também não permitem ou incentivam a sua participação no seu cuidado. Além de não considerarem queixas e temores, não respeitam o direito à recusa a qualquer procedimento prescrito. Comprovou-se, assim, que subestimam a sua capacidade e inteligência. O Ser humano, portanto, desde o momento em que interna no hospital, aos poucos, é destituído da sua condição de sujeito. Passando a emergir como objeto, perde o comando de seu próprio corpo, a autonomia, sendo-lhe negada a sua capacidade de reflexão e, portanto, de decisão.
Working almost fifteen years in a hospital instituition, I observe, empirically, that the communication relationship between health professionals and patients occurs in a formal basis, in which the professional communicates his forced knowledge, also, the autonomy . Transforming this assertion into a hypothetical question, which it was confirmed , by occasion of the developement of the correct research, whose general objective is to understand how is the participation of clientes/patients in the decisionmaking process. Looking to reach the intended objective, I developed a qualitative study in a Surgical Internation Unit, at the public University Hospital, in the State of Rio Grande do Sul. The research subjects involved were the elective surgery patients and the health professionals (Doctors and the Nursing team), so that the datacollection was given through the tecniques of observation and interviews. Both of the tecniques followed the pre-established plan. The analysis of the emerging data permited me to confirm that is the patient who decides to solicites for medical aid and the profesionals, apparently, perceive him only how a surgical case. They don’t inform about the examinations and the procedure prescribed. They also don’t consent his participation in yourself care. They still don’t take into consideration the complaint and the fears, don’t respect the right to the refuse anyone procedure prescribed. His capacity and intelligence are despised. Therefore, since the moment the human being is admitted to the hospital, he is slowly relieved from his subject condition, turning to be treated as na object. He loses the command (control) of his own body, his autonomy, being denied his capacity of reflection (thought) and therefore his power of decison. So, in this context, communication, centralized on a “formal” basis of relationships, doesn’t let the possibility of the taking a decision on the part of the person who shoud have the legitimate power to decide about questions which involve his/her body, health and care.
Trabajando há casi quince años en instituición hospitalar, observo, empiricamente, que las relaciones de comunication entre professionales de salud y pacientes ocurre de manera aplomatizada, en la cual el profesional transmite su saber impuesto, negando el derecho a voz del outro, y, en conseqüencia, negando le, también, la autonomia del decidir sobre cuestiones que envuelven su cuerpo, su salud y su cuidado, transformando esa assertiva en uma cuestion hipotética, fue comprobada su confirmación por ocasión del desenvovimiento de la presente pesquisa, cuyo objetivo general fue comprender como viene se dando la participation del cliente/paciente en el proceso de decisión. Visando atingir el objetivo pretendido, desenvolvi un estudio cualitativo en una Unidad de Internación Cirúrgica, de un Hospital Universitario, público, del Estado do Rio Grande do Sul. Los sujetos de la pesquisa envolvidos fueron los pacientes de cirurgia electiva y los profesionales de salud (médicos y equipo de enfermagen), siendo que la colecta de datos se dio transversalmente del uso de las técnicas de observación y entrevista. Ambas las técnicas seguiron un rotero pré estabelecido. La análisis de los datos emergentes permitiendome comprobar que es el paciente quien decide solicitar auxilio medico y que los profesionales percibenlo solo como un caso quirurgico, non se identificando para el paciente. Al mismo tiempo que no informan sobre examenes y procedimientos desarrolados. También no lo permite participar de su cuidado. Al mismo tiempo que no prestan atención a las quejas y los miedos, también no respetan lo derecho a recusa de quienquiera procedimiento recetado. Comproba se, así, lo menosprecio a la capacidad y inteligencia. El ser humano, portanto, desde el momento en que interna en el hospital, a menudo, se destituje de su condición de sujeto, pasando a emergir como objeto. Perdiendo el comando de su próprio cuerpo, pierde la autonomía, siendo negada su capacidad de reflección y, portanto, de decisión. Así, en este contexto, la comunicación, centrada en la aplomación de las relaciones, no posibilita la tomada de decición por parte de aquella que tendría de ter el poder legítimo para decidir sobre cuestiones que envuelven su cuerpo, salud y cuidado.