Abstract:
A questão norteadora deste estudo emergiu da prática assistencial em Pronto-Socorro. Ao abordar o tema Atendimento Pré-Hospitalar móvel (APH móvel) no socorro às vítimas de trauma buscou-se responder a questão pesquisa: Como atuam os profissionais componentes da equipe de APH móvel, da área da saúde, no socorro às vítimas de trauma na cidade do Rio Grande? Para responder esta indagação objetivou-se conhecer a atuação dos profissionais componentes da equipe de APH móvel, da área da saúde, no socorro às vítimas de trauma na cidade do Rio Grande. Justifica-se este objetivo a partir dos seguintes pressupostos: pouca relevância de algumas instituições/serviços que prestam o APH quanto ao cumprimento das exigências presentes na legislação que o regulamenta, atentando, inclusive, à qualificação e recertificação desses profissionais de maneira contínua e permanente; escassez de materiais e equipamentos disponíveis nos veículos de resgate e transporte dificultando o atendimento eficaz; desinformação ou despreparo da população que, muitas vezes, aciona, desnecessariamente, vários serviços ao mesmo tempo. Assim, a coleta de dados foi realizada através de entrevista semi-estruturada com os profissionais que atuam no APH móvel de três instituições/serviços, sendo complementada pela observação sistemática de uma equipe em cada local. A partir dos dados coletados foram realizadas análise e interpretação qualitativas, das quais resultaram os seguintes achados: duas, das três instituições/serviços pesquisadas apresentam escassez de materiais e equipamentos em quantidade, diversidade e especificidade para prestar o APH móvel. Em relação à capacitação prévia e educação permanente, das três instituições/serviços pesquisados, somente uma disponibiliza um programa de qualificação profissional e incentiva os trabalhadores a participarem do programa. Os dados demonstraram que a insegurança, a insatisfação e o estresse são fatores diretamente relacionados à não disponibilização de um programa de educação permanente para que possam atualizar seus conhecimentos, associando-se, ainda, aos componentes do ambiente que cercam este profissional, como: o tipo de trabalho, o cenário diversificado, a escassez de recursos humanos e materiais para o atendimento gerando uma sobrecarga de trabalho. Com base nos achados, é possível concluir que o APH móvel da Cidade do Rio Grande, ainda que empregando esforços, apresenta-se deficitário em diversos aspectos. Enfatiza-se, especialmente, a insuficiência de recursos humanos e materiais, o pouco e insuficiente preparo das equipes profissionais e de apoio, a falta do apoio psicológico aos trabalhadores do APH móvel. Soma-se a todos esses aspectos a desinformação da população no que concerne o APH móvel e a falta de articulação entre as instituições/serviços que prestam o atendimento nesta área. Portanto, é urgente a necessidade de rever os serviços de socorro às vítimas do trauma do município e adequá-los a legislação que regulamenta o APH móvel – Portaria nº 2.048, para que o atendimento seja reformulado otimizando o socorro, instituindo, principalmente a Central Reguladora do APH móvel, bem como a criação dos Núcleos de Educação em Urgência (NEU).
The main question of this research emerges from the assistance and practicing in first-aid, when it refers to Pre-Hospitalar Rescue Assistance (APH) on trauma victims. This study tries to answer the following question: How does the APH staff act on rescuing trauma victims in the city of Rio Grande? To answer we have investigated, how health professionals act on assisting accident victims. We justified our objective by the following suppositions: a short relevance at some institutions/services when it comes to the present law (legislation) mainly, attempting the qualification and certification of health professionals on permanent and continuing basis; Lack of materials and equipment available in the rescue transport (vehicle) difficulting the efficient assistance; The population unknowledge and misunderstanding when they sometimes call many services assistance unecessarily at the some time. So, the information was formed by semi-structured interviews with professionals who work in the APH rescue based on three different institutions after being complemented by a systematic observation. Through these found information, analyses and qualitative interpretation were realized, resulting the following: two of three researched institutions/services presented lack of materials and equipment about diversity, quantity and specification to work for APH rescue. Relating to the previous capacitation and permanent education, only one of the three institutions has a professional qualification program and incentivate its works. The results demonstrate that unsafety, insatisfaction and stress are factors related to the non-availability of a permanent educational program in order to update their knowledge associating to the professional environment components such as: type of work, diversified environment lack of human resources and materials resulting over and extra hours of work. Based on these three issues, it is possible to conclude that the APH rescue in the city of Rio Grande is insufficient on many aspects. And it specially emphasizes the insufficiency of human resources, materials and the lack of psychological support for the APH rescue employees. Adding to these aspects is the population disinformation concerning the rescue and the absence of understanding between institutions/services operating on this area. Therefore there is an urgent need to review the services and assistance for trauma victims and suit them to the legislation that regulates the APH rescue Law n.2048 in order to reformulate the assistance optimizing the rescue and mainly instituting and regulating APH rescue central as well as creating the Departments of Urgent Education (NEU).
La cuestión que nortea este estudio emergió de la práctica asistencial en Pronta-Atención. Al abordar el tema Atención Prehospitalario móvil (APH móvil) en el socorro a las víctimas de trauma se buscó responder la cuestión investigación: ¿Como actúan los profesionales componentes del equipo de APH móvil, del área de la salud, en el socorro a las víctimas de trauma en la ciudad de Rio Grande? Para responder a esta indagación se buscó conocer la actuación de los profesionales componentes del equipo de APH móvil, del área de salud, en el socorro a las víctimas de trauma en la ciudad de Rio Grande. Se justifica este objetivo a partir de los siguientes presupuestos: poca relevancia de algunas instituciones/servicios que prestanel APH cuanto al cumplimiento de las exigencias presentes en la legislación que lo reglamenta, atentando, inclusive, a la calificación y re-certificación de esos profesionales de manera continuada y permanente; escasez de materiales y equipamientos disponibles en los vehículos de rescate y transporte dificultando la atención eficaz; desinformación o no preparo de la población que, muchas veces, acciona, sin necesidad, varios servicios al mismo tiempo. Así, la colecta de datos fue realizada a través de entrevista semiestructurada con losprofesionales que actúan en el APH móvil de tres instituciones/servicios, siendo complementada por la observación sistemática de un equipo en cada local. A partir de los datos colectados fueron realizadas análisis e interpretaciones cualitativas, de las cuales resultaron los siguientes hallazgos: dos, de las tres instituciones/servicios investigados presentan escasez de materiales y equipamientos en cantidad, diversidad y especificidad para prestar el APH móvil. En relación a la capacitación previa y educación permanente, de las tres instituciones/servicios investigados, solamente una dispone de un programa de calificación profesional e incentiva los trabajadores a participar del programa. Los datos demuestran que la inseguridad, la insatisfacción y el estrés son factores directamente relacionados a la falta de disponibilidad de un programa de educación permanente para que puedan actualizar sus conocimientos, asociándose, todavía, a los componentes del ambiente que cercan este profesional, tales como: el tipo de trabajo, el escenario diversificado, la escasez de recursos humanos y materiales para la atención generando una sobrecarga de trabajo. Con base a los hallazgos, es posible concluir que o APH móvil de la Ciudad de Rio Grande, aunque empleando esfuerzos, se presenta deficitario en diversos aspectos. Hay que enfatizar, especialmente, la insuficiencia de recursos humanos y materiales, el poco e insuficiente preparo de los equipos de profesionales y de apoyo, la falta de apoyo psicológico a los trabajadores del APH móvil. Se suma a todos estos aspectos la desinformación de lapoblación en lo que concierne al APH móvil y a la falta de articulación entre las instituciones/servicios que prestan la atención en el área. Por tanto, es urgente la necesidad de rever los servicios de socorro a las víctimas de trauma del municipio y adecuarlos a la legislación que reglamenta el APH móvil – Portaría nº 2.048, para que la atención sea reformulada optimizando el socorro, instituyendo, principalmente la Central Reguladora del APH móvil, bien como la creación de los Núcleos de Educación en Urgencia (NEU).