Modo de viver no domicílio após transplante renal: abordagem ecossistêmica

Abstract

Objetivou-se analisar o modo de viver do usuário transplantado renal no seu ambiente domiciliar, na perspectiva ecossistêmica. A doença renal crônica promove mudanças na vida dos indivíduos por ela acometidos, e por conta disso a terapia de substituição renal também atinge o processo de viver do usuário. As modalidades de terapias são classificadas em transplante renal e terapias dialíticas, dentre essas elenca-se a hemodiálise e a diálise peritoneal ambulatorial contínua. O Ministério da Saúde define transplante como o procedimento cirúrgico que consiste na reposição de um órgão ou tecido de uma pessoa doente, por outro órgão ou tecido normal de um doador vivo ou morto. A enfermagem, como responsável pelos cuidados diários pós-transplante, possui uma importante função junto ao usuário transplantado e, também, em relação às ações educativas para empoderá-lo diante da nova situação. A relevância deste estudo ancorou-se, nas possibilidades de, ao avaliar o modo de viver do usuário transplantado renal detectar contribuições que a enfermagem poderia oferecer, por meio de ações que possibilitem ao usuário uma melhor qualidade de vida no pós-transplante.Acredita-se que este estudo contribuiu, na medida em que, investigou os aspectos relativos às ações dos enfermeiros quanto às orientações ao usuário do pré e pós-transplante. Os dados foram relevantes para conhecer como vive o usuário transplantado renal e como o enfermeiro pode intervir, sob a forma de orientações, direcionadas para o comportamento do usuário, contribuindo assim com o sucesso da terapia. As mudanças decorrentes da terapêutica e, até mesmo, as limitações que lhe foram impostas pela situação do tratamento precisam ser consideradas pelo enfermeiro e, buscar com a participação do usuário, as formas adaptativas mais adequadas possíveis. A proposta possui caráter descritivo e exploratório com abordagem qualitativa. Fizeram parte do estudo, 13usuários com no máximo 05 anos de transplante renal e residentes em Pelotas.Em relação ao número de participantes foi observado o método de saturação de dados.A coleta de dados ocorreu de junho à setembro de 2018 e foi utilizada a entrevista semi-estruturada através de questionário com questões fechadas e abertas elaborado,especificamente, para este estudo, após Teste Piloto. A análise dos dados foi realizada pelo método da análise temática de Minayo. Foram observadas todas as exigências éticas previstas para pesquisas com seres humanos conforme Resolução nº. 466/12. Como resultado destaca-se o comportamento do usuário transplantado renal, em muitos casos, é diferente da conduta orientada pelo enfermeiro no pós-transplante renal, entretanto, os usuários da pesquisa possuem os enxertos renais em funcionamento. Observa-se que, para algumas orientações recebidas, houveram mudanças no modo de viver do usuário transplantado renal, indicadas como respostas adaptativas do usuário, para adaptar o seu modo de viver às restrições/mudanças que o transplante renal provocou em sua vivência.

The objective was to analyze the way of life of the renal transplant user in their home environment, from the ecosystem perspective. Chronic kidney disease promotes changes in the life of the individuals affected by it, and because of this renal replacement therapy also affects the user's living process. Therapy modalities are classified into renal transplantation and dialytic therapies, including hemodialysis and continuous ambulatory peritoneal dialysis. The Ministry of Health defines transplantation as the surgical procedure that consists in the replacement of an organ or tissue of a sick person by another organ or normal tissue of a living or dead donor. Nursing, as responsible in daily post-transplant care, has an important role with the transplanted user and also with regard to educational actions to empower it in the face of the new situation. The relevance of this study was anchored in the possibilities of evaluating the way of life of the renal transplant user to detect contributions that nursing could offer, through actions that enable the user to have a better quality of life in the post-transplantation. It is believed that this study contributed, insofar as it investigated the aspects related to nurses' actions regarding pre and post-transplant user orientations. Therefore, the data were relevant to know how the renal transplant user lives and how the nurse can intervene, in the form of guidelines, directed to the user's behavior, thus contributing to the success of the therapy. The changes resulting from the therapy and even the limitations imposed by the treatment situation need to be considered by the nurse and, with the participation of the user, seek the most appropriate adaptive forms possible. The proposal has a descriptive and exploratory character with a qualitative approach. The study included 13 users with a maximum of 5 years of kidney transplantation and residents of Pelotas. Regarding the number of participants, the data saturation method was observed. In the data collection, the semi-structured interview was used through a questionnaire with closed and open questions elaborated, specifically, for this study, after Pilot Test. Data analysis was performed using Minayo's thematic analysis method. All ethical requirements for human research were observed according to Resolution no. 466/12. As a result, the behavior of the renal transplant user is in many cases different from the nurse-directed approach in the post-renal transplantation, however, the research users have the renal grafts in operation. It is observed that, for some guidelines received, there were changes in the mode of living of the renal transplant user, indicated as adaptive responses of the user, to adapt their way of living to the restrictions / changes that the kidney transplant caused in their experience.

Se objetivó analizar el modo de vivir del usuario trasplantado renal en su ambiente domiciliar, en la perspectiva ecosistémica. La enfermedad renal crónica promueve cambios en la vida de los individuos por ella afectados, y por eso la terapia de sustitución renal también alcanza el proceso de vivir del usuario. Las modalidades terapias se clasifican en trasplante renal y terapias dialíticas, entre ellas se elabora la hemodiálisis y la diálisis peritoneal ambulatoria continua. El Ministerio de Salud define trasplante como el procedimiento quirúrgico que consiste en la reposición de un órgano o tejido de una persona enferma, por otro órgano o tejido normal de un donante vivo o muerto. La enfermería, como responsable en los cuidados diarios post-transplante, posee una importante función junto al usuario trasplantado y, también, en relación a las acciones educativas para empoderarlo ante la nueva situación. La relevancia de este estudio se ancló, en las posibilidades de, al evaluar el modo de vivir del usuario trasplantado renal detectar contribuciones que la enfermería podría ofrecer, por medio de acciones que posibiliten al usuario una mejor calidad de vida en el post-transplante. Se cree que este estudio contribuyó, en la medida en que, investigó los aspectos relativos a las acciones de los enfermeros en cuanto a las orientaciones al usuario del pre y post-transplante. Por lo tanto, los datos fueron relevantes para conocer cómo vive el usuario trasplantado renal y cómo el enfermero puede intervenir, en forma de orientaciones, dirigidas al comportamiento del usuario, contribuyendo así con el éxito de la terapia. Los cambios resultantes de la terapéutica y, incluso, las limitaciones que le fueron impuestas por la situación del tratamiento, deben ser consideradas por el enfermero y, buscar con la participación del usuario, las formas adaptativas más adecuadas posibles. La propuesta tiene carácter descriptivo y exploratorio con abordaje cualitativo. Se realizaron parte del estudio, 13 usuarios con un máximo de 5 años de trasplante renal y residentes en Pelotas. En cuanto al número de participantes se observó el método de saturación de datos. En la recolección de datos se utilizó la entrevista semiestructurada a través de cuestionario con cuestiones cerradas y abiertas elaborado específicamente para este estudio, después de la prueba piloto. El análisis de los datos fue realizado por el método del análisis temático de Minayo. Se observaron todas las exigencias éticas previstas para investigaciones con seres humanos conforme Resolución nº. 466/12. Como resultado se destaca el comportamiento del usuario trasplantado renal, en muchos casos, es diferente de la conducta orientada por el enfermero en el post-transplante renal, sin embargo, los usuarios de la investigación poseen los injertos renales en funcionamiento. Se observa que, para algunas orientaciones recibidas, hubo cambios en el modo de vivir del usuario trasplantado renal, indicadas como respuestas adaptativas del usuario, para adaptar su modo de vivir a las restricciones / cambios que el transplante renal provocó en su vivencia.