Abstract:
Objetivo: Descrever o conhecimento sobre aleitamento materno e introdução de alimentação
complementar entre mães de menores de um ano em São Luís, MA, Brasil.
População alvo: mães ou responsáveis pela guarda de crianças menores de um ano residentes
nas áreas selecionadas para o estudo no segundo semestre de 2017.
Delineamento: Estudo transversal conduzido em São Luís, MA, com aplicação de questionário
único, padronizado por entrevistadoras previamente treinadas à todas as mães de menores
de um ano. Este questionário buscava informações sobre características socioeconômicas da
família, condições demográficas e vida reprodutiva destas mulheres, além da assistência
recebida durante a gestação e o parto. Foram incluídas ainda diversas questões sobre
conhecimento em alimentação infantil.
Desfecho: Conhecimento materno sobre alimentação infantil.
Processo amostral: As entrevistas aconteceram em setores censitários contidos nas 20
comunidades de São Luís (de um total de 53) as quais foram previamente selecionadas por
conveniência de acordo com a visitação doslíderes da Pastoral da Criança. Nestas áreasforam
abordados todos os domicílios que continham bebês menores de um ano.
Análise: Consistiu da montagem de escores do conhecimento, listagem de frequências e da
obtenção de medidas de tendência central e de dispersão.
Resultados: dentre as 758 mães entrevistadas, 41,5% apresentaram conhecimento
satisfatório. A média do escore específico da introdução alimentar foi 10,0% mais baixa do
que a do aleitamento materno. Os benefícios da amamentação para os bebês são mais
conhecidos do que as vantagens que esta confere às mães. Os piores desempenhos
observados estiveram relacionados ao preparo de papas (14,5%), limite de idade para evitar
a oferta de alimentos ultraprocessados (31,9%) e tempo ideal da amamentação (44,9%).
Conclusões: é elevada a proporção de mães que desconhece ensinamentos básicos sobre
alimentação infantil. Isto pode reduzir o tempo de aleitamento exclusivo, aumentar as taxas
de introdução inadequada de alimentos e bebidas e do desmame precoce.
Objective: To describe infant feeding knowledge regarding breastfeeding and introduction
of complementary food among mothers of children under one year of age in São Luís, State
of Maranhão, Brazil.
Target population: mothers or guardians of children under one year of age residing in the
areas selected for the study in the second semester of 2017.
Design: This is a cross-sectional study carried out in communities of São Luís, MA, with
application of a single, standardized questionnaire by previously trained interviewers, which
was applied to all mothers of children under one year, searched for socioeconomic
characteristics of the family, demographic conditions and reproductive life of these women
and assistance received during pregnancy and childbirth. In addition,several questions about
knowledge in infant feeding were included.
Outcome: Insufficient maternal knowledge on infant feeding.
Sampling: The interviews were carried out in census tracts contained in the 20 communities
of São Luís (out of 53) which were previously selected for convenience according to the
visitation of the Pastoral da Criança volunteers. In these areas were addressed all households
that contained infants under one year.
Analysis: The analysis was performed through the creation of knowledge scores, frequency
listing, central tendency and dispersion measurements.
Results: Among the 758 participating mothers, 41,5% presented satisfactory knowledge. The
mean of the specific score on introduction of complementary feeding was 10,0% lower than
that of breastfeeding. The benefits of breastfeeding for babies are better known than the
advantages it confers on mothers. The worst performances were related to the food
preparation (14.5%), age limit to avoid provision of ultra-processed foodsto children (31.9%)
and ideal breastfeeding time (44.9%).
Conclusion: the proportion of mothers who are not knowledgeable on basic teachings of
infant feeding is high. This can lead to reduced exclusive breastfeeding time, increased rates
of improper introduction of food and drink and early weaning.