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dc.contributor.advisor Bianchini, Adalto
dc.contributor.author Pedroso, Mariana Saia
dc.date.accessioned 2010-11-03T17:20:37Z
dc.date.available 2010-11-03T17:20:37Z
dc.date.issued 2006
dc.identifier.citation PEDROSO, M. S. Limiares e mecanismo de toxicidade aguda da prata no Copépode eurialino Acartia tonsa. 2006. 81 f. Dissertação (Mestrado em Fisiologia Animal Comparada)-Universidade Federal do Rio Grande, Rio Grande, 2006. pt_BR
dc.identifier.uri http://repositorio.furg.br/handle/1/196
dc.description Dissertação (mestrado)-Universidade Federal do Rio Grande, Programa De Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas – Fisiologia Animal Comparada, Instituto de Ciências Biológicas, 2006. pt_BR
dc.description.abstract A prata é um metal não-essencial tóxico para organismos aquáticos, mesmo em baixas concentrações no meio. Em crustáceos e peixes de água doce, o mecanismo de toxicidade aguda deste metal está relacionado a um desequilíbrio iônico e osmorregulatório, associado às inibições da atividade da Na+/K+-ATPase e da captação de Na+ em nível branquial. Apesar deste mecanismo de toxicidade estar bem descrito para animais dulciaqüícolas, pouca informação existe sobre a toxicidade da prata e seu mecanismo de ação em animais estuarinos e marinhos. Portanto,o objetivo deste estudo foi determinar a toxicidade aguda da prata no copépodo eurialino Acartia tonsa em uma ampla faixa de salinidade em ausência e presença de alimento, bem como verificar se o mecanismo de ação tóxica desse metal está associado também a um desequilíbrio iônico e inibição da Na+/K+-ATPase em nível corporal. Copépodos adultos de ambos os sexos foram aclimatados em três salinidades (5, 15 e 30) e alimentados com uma mistura de algas (Thalassiosira weissflogii = 2x104 cél./ml e Isochrysis galbana = 1x104 cél./ml). A temperatura e o fotoperiodo foram fixados em 20oC e 16C:8E, respectivamente. Grupos de 10 copépodos foram expostos a diferentes concentrações de prata (AgNO3) durante 48 h para a determinação da concentração letal para 50% dos organismos (48 h-CL50) em ausência e presença de alimento (T. weissflogii = 2x104 cél./ml), usando sistema estático com renovação. Para avaliar os possíveis efeitos agudos da prata na ionorregulação (Na+, Cl-, and Mg2+) e atividade da Na+,K+-ATPase em nível corporal, os copépodos foram expostos (48 h) às concentrações de prata equivalentes aos valores de CL50 (48 h), conforme determinado no experimento descrito acima. Diversos parâmetros físico-químicos da água (pH, O2 dissolvido, íons Cl-, Na+, Ca2+, Mg2+, K+, alcalinidade, sulfato, carbono orgânico dissolvido e concentrações de prata total e dissolvida) foram analisados e utilizados para determinar a especiação da prata. Os resultados mostraram que a maioria da fração tóxica da prata encontrava-se na forma dissolvida, independentemente da salinidade ou da presença de alimento na água. Tanto na ausência como na presença de alimento, a toxicidade aguda da prata foi dependente da salinidade, diminuindo com o aumento da salinidade. Os dados obtidos indicam que as diferenças observadas em função da salinidade são explicadas pelas alterações na química da água quando os copépodes são expostos na ausência de alimento. Entretanto, a adição de alimento nos meios experimentais reduziu significativamente a toxicidade aguda da prata em baixa salinidade (5), sugerindo que A. tonsa necessita de energia extra para tolerar as condições estressantes impostas pela exposição aguda à prata e as necessidades ionorregulatórias exigidas em baixas salinidades. Estes resultados sugerem a necessidade de se incorporar tanto a salinidade quanto o alimento no âmbito de uma futura versão do Modelo do Ligante Biótico (BLM) para ambientes estuarinos e marinhos. Eles sugerem também que o copépodo eurialino A. tonsa seria uma espécie adequada para validar e calibrar esta nova versão do BLM. No que se refere aos efeitos da salinidade na ionoregulação, observou-se uma redução das concentrações corporais de Na+ e Mg2+ nos copépodos não alimentados e aclimatados às salinidades 5 e 30, respectivamente. Maiores atividades da Na+,K+-ATPase corporal também foram observadas nestes copépodes em todas as salinidades testadas. Os dados obtidos em copépodos alimentados indicam que todos estes efeitos da salinidade estão associados ao jejum. Quanto aos efeitos fisiológicos agudos da prata, a exposição ao metal diminuiu a concentração corporal de Mg2+ em copépodos não alimentados e aclimatados às salinidades 5 e 30. Também foi observada uma inibição da atividade da Na+,K+-ATPase corporal, tanto em copépodos não alimentados quanto alimentados, em todas as salinidades testadas. Estes resultados indicam que a adição de alimento na água protegeu os copépodos contra os efeitos da prata sobre a concentração corporal de Mg2+, mas não contra aqueles sobre a atividade corporal da Na+,K+-ATPase. Portanto, os dados aqui apresentados indicam que as moléculas de Na+,K+-ATPase também são sítios-chave para a toxicidade aguda da prata em invertebrados eurialinos, assim como está descrito para crustáceos e peixes de água doce. pt_BR
dc.language.iso por pt_BR
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dc.subject Acartia tonsa pt_BR
dc.subject Copépodo pt_BR
dc.subject Ionorregulação pt_BR
dc.subject Na+,K+-ATPase pt_BR
dc.subject Prata pt_BR
dc.subject Salinidade pt_BR
dc.subject Toxicidade pt_BR
dc.title Limiares e mecanismo de toxicidade aguda da prata no Copépode eurialino Acartia tonsa pt_BR
dc.type masterThesis pt_BR


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