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QUINTELA, F. M. Assembléia de pequenos mamíferos (Didelphimorphia, Rodentia) em dois fragmentos de matas de restinga da região sul da planície costeira do Rio Grande do Sul, Brasil. 2009. 71 f. Dissertação (Mestrado em Biologia de Ambientes Aquáticos Continentais)-Universidade Federal do Rio Grande, Rio Grande, 2009. |
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As matas de restinga representam formações florestais originais na Planície Costeira do estado do Rio Grande do Sul. O objetivo deste trabalho foi avaliar a composição de espécies e abundância dos pequenos mamíferos (Didelphimorphia, Rodentia) ocorrentes em dois fragmentos de matas de restinga da região sul da Planície Costeira do Rio Grande do Sul, além de investigar aspectos sobre a história natural das espécies registradas. Ao longo do ano de 2008 foram amostrados dois fragmentos de mata de restinga (mata palustre e mata arenosa ciliar) localizados no município de Rio Grande, sendo realizados, em cada fragmento, quatro períodos de amostragens sazonais com duração de 14 noites consecutivas cada. Para as amostragens foram utilizadas armadilhas metálicas (trampa e isca suspensa) e
armadilhas de queda, sendo aplicado um esforço de captura total de 10.080 armadilhas-noite e 672 baldes-noite (5.040 armadilhas-noite e 336 baldes-noite em
cada fragmento). Um total de 234 indivíduos representantes de três espécies de marsupiais (Didelphidae: Cryptonanus guahybae, Didelphis albiventris, Lutreolina
crassicaudata) e oito espécies de roedores (Cricetidae: Deltamys kempi, Holochilus
brasiliensis, Oligoryzomys flavescens, O. nigripes, Oxymycterus nasutus, Scapteromys
tumidus; Muridae: Mus sp., Rattus sp.) foi capturado, sendo 89 no fragmento de mata
palustre e 145 no fragmento de mata arenosa ciliar. As espécies C. guahybae, D. albiventris, D. kempi, H. brasiliensis, O. flavescens, O. nigripes, S. tumidus e Mus sp.
foram registradas no fragmento de mata palustre, enquanto que C. guahybae, D.
albiventris, Lutreolina crassicaudata, D. kempi, O. flavescens, O. nigripes, S. tumidus e Rattus sp. ocorreram no fragmento de mata arenosa ciliar. Oligoryzomys nigripes e S. tumidus foram as espécies mais abundantes no fragmento de mata palustre,
representando respectivamente 40,44% e 21,34% do total de indivíduos capturados.
No fragmento de mata arenosa ciliar, as espécies mais abundantes foram O. nigripes e
D. albiventris, representando respectivamente 63,44% e 12,41% do total de indivíduos capturados. Indivíduos de C. guahybae, O. flavescens e O. nigripes foram capturados em estrato arbóreo (alturas entre 0,50 e 1,65m) enquanto que todos os indivíduos das demais espécies foram capturados no solo. Em ambos os fragmentos, o maior número de capturas ocorreu no outono. |
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