Efeitos da restrição alimentar sobre o crescimento, a utilização do alimento e custo da alimentação de juvenis da tainha Mugil Platanus Günther, 1880

Silva, Eduardo Martins da

Abstract:

 
A alimentação é o item mais oneroso na piscicultura intensiva. Portanto, conhecer a taxa de arraçoamento que promova o melhor crescimento sem desperdício de ração, é fundamental para a viabilidade financeira da atividade aquícola. Este trabalho teve como objetivos acompanhar a sobrevivência, o crescimento e aproveitamento alimentar de juvenis da tainha Mugil platanus alimentados com diferentes quantidades de ração. Para isto, quatrocentos e cinquenta juvenis selvagens de tainha (0,21 ± 0,03g) foram estocados aleatoriamente em 15 tanques com 200L, em sistema com biofiltro e aeração individual. A temperatura e a salinidade médias foram 29ºC e 25‰ respectivamente. Cinco níveis de alimentação foram avaliados em triplicata, um controle onde os peixes foram alimentados até a saciedade (100%) e outros quatro níveis, equivalentes a 80, 60, 40 e 20% da saciedade. Os peixes foram alimentados quatro vezes por dia, durante os 30 dias experimentais. A cada 15 dias foi realizada uma biometria para determinação do peso. Os resultados foram submetidos à análise de variância de uma via ANOVA e posteriormente ao teste de Duncan (P<0,05). Os níveis alimentares foram relacionados aos resultados de conversão alimentar (CA) e taxa de eficiência protéica (TEP) por meio de regressões quadráticas para determinar o nível ótimo de alimentação. A sobrevivência não apresentou diferença significativa entre os tratamentos, mantendo-se acima de 90%. Ao final do experimento peso médio e taxa de crescimento específico do tratamento 100% foram maiores que nos demais tratamentos. Os peixes alimentados com 20% da saciedade apresentaram menor valor de CA e TEP (P<0,05). Neste mesmo tratamento foi observado o menor valor do índice hepatossomático e também o menor gasto com alimentação (P<0,05), que aumentou à medida que os peixes receberam uma maior quantidade de alimento. As regressões calculadas a partir da CA e da TEP indicam que 72% da saciedade promoveu melhor aproveitamento do alimentoconsumido.
 
Feeding is one of the most expensive items for intensive fish culture. Hence, it is important to establish a feeding rate that promotes good growth rate, and minimizes food waste. The aim of this work was to study the growth of juvenile mullet M.platanus fed out different feeding levels. Wild juvenile mullets (n=450, 0.21 ± 0.03g) were randomly distributed into 15 tanks of 200L, each tank was equipped with an individual biofilter aeration. Mean temperature and salinity were 29ºC and 25‰, respectively. Five different feeding levels were tested in triplicate, a control called 100% where the fish were fed until apparent satiation, and another four groups fed on 80, 60, 40, and 20% of the amount of food offered to the satiation group. Fish were fed four times per day, during 30 days. Every 15 days fish were sampled and weighed. All results were subjected to one way analysis of variance followed by the Duncan test were appropriated (p<0.05). The results of feeding conversion rate and protein efficient ratio were analyzed by a quadratic regression to determine the optimum feeding level. Survival was higher than 90% in all treatments and did not show significant differences among treatments. Growth of mullet was directly proportional to the feeding levels, this difference was already observed 15 days after the beginning of the experiment. Fish fed 20% of the satiation ration presented the worst feeding conversion and protein efficiency ratio, allied to the smaller hepatosomatic index (p<0.05). However, feeding costs were significantly reduced at this feeding rate (p<0.05) and increased with increasing feeding levels. The regressions between the feeding conversion rate and the protein efficiency ratio with the feeding level showed that 72% of the satiation promoted better feeding utilization.
 

Description:

Dissertação(mestrado)-Universidade Federal do Rio Grande, Programa de Pós-Graduação em Aqüicultura, Instituto de Oceanografia, 2010.

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  • IO- Mestrado em Aquicultura (Dissertações)