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O “zebrafish”, Danio rerio (Teleoistei: Cyprinidae) representa um organismo com um alto potencial para estudo de genes envolvidos na função da aprendizagem e memória nos vertebrados. Este modelo animal foi utilizado para estudar o efeito da exposição a um agente tóxico (arsênio) sobre a aquisição e consolidação da memória. Foi desenhado um experimento onde os peixes foram submetidos a uma sessão de treino em uma esquiva inibitória e imediatamente após, estes foram expostos a três concentrações de arsênio (AsV) (1; 10 e 100 μg As/L), incluindo a máxima permitida pela legislação brasileira (10μg As/L) durante 96h (20oC, pH 7.1, 7.20 mg O2/L). O grupo controle foi mantido somente em água. Após 96h de exposição foi determinada a memória de longa duração (LTM). Os resultados mostraram que o arsênio nas três concentrações utilizadas prejudicou a LTM, sugerindo um efeito amnésico (p<0.05). Entre os efeitos tóxicos do arsênio, encontra-se a produção de espécies reativas de oxigênio (ROS), levando a geração de estresse oxidativo, que inclui
o aumento na oxidação de proteínas, podendo inativar enzimas, modificando o sistema de
neurotransmissores, e a redução na capacidade de defesa, enzimática e não enzimática. Neste estudo os resultados mostraram que não houve diferença significativa entre o grupo controle e os animais tratados nas três concentrações de arsênio AsV em relação ao dano de DNA e capacidade de defesa antioxidante. Houve uma alta percentagem de oxidação de proteínas de peso molecular intermediário, em animais expostos à 10 e 100 μg As/L detectado através do método de Western blot. Assim futuros estudos, com o “zebrafish”, usando o paradigma do comportamento e análises toxicológicas, serão promissores em estudos fisiológicos e farmacológicos. |
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