Abstract:
O cuidado à saúde vem sendo, na atualidade, sistematicamente influenciado por mudanças produzidas no âmbito da tecnologia, o que tem gerado diversas inquietações e indagações acerca dos benefícios, riscos e das relações construídas entre trabalhadores, doentes e a utilização dessas tecnologias como instrumentos imprescindíveis ao cuidado de enfermagem/saúde. Neste contexto, as Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) emergem como ambientes de cuidados em saúde altamente tecnologizados, em que a ventilação mecânica se constitui na tecnologia mais comumente empregada, exigindo dos profissionais envolvidos na assistência conhecimentos específicos e das instituições dispositivos de gestão que garantam um cuidado de enfermagem seguro aos doentes críticos que dependem desta terapêutica. Diante do exposto, foi elaborada a seguinte tese: A equipe de enfermagem possui déficits de conhecimento acerca da assistência ao doente crítico em ventilação mecânica invasiva, que predispõem a riscos na assistência, especialmente, quando atua em organizações de saúde em que a cultura de segurança pautada na abordagem sistêmica dos fatores que envolvem a ocorrência de erros é frágil. O objetivo deste estudo foi verificar o conhecimento dos profissionais de enfermagem que atuam em UTI Adulto acerca da assistência ao doente crítico em ventilação mecânica invasiva e identificar as atitudes, em relação à segurança do paciente, de forma a caracterizar a cultura de segurança presente em instituições hospitalares, na percepção da equipe de enfermagem. Assim, realizou-se uma pesquisa quantitativa com delineamento descritivo correlacional, em sete UTIs, de três municípios que compõem a 3ªCoordenadoria Regional de Saúde do Estado do Rio Grande do Sul. O número de informantes foi de 173 trabalhadores de enfermagem destas unidades, entre eles, enfermeiros, técnicos de enfermagem e auxiliares de enfermagem. A coleta de dados foi realizada por meio da aplicação de instrumento de pesquisa, contendo duas escalas do tipo Likert com 5 pontos. A primeira escala buscou verificar o conhecimento da equipe de enfermagem relacionado à prática clínica, envolvendo a assistência de enfermagem ao doente crítico em ventilação mecânica invasiva (vmi) e a escala 2, extraída do estudo de Singer et al. (2003), foi adaptada e validada, e buscou apreender a percepção da equipe de enfermagem sobre a cultura de segurança estabelecida pela organização hospitalar. Os dados foram analisados com o uso do software SPSS, versão 18.0, sendo submetidos a análises descritivas e análises de variâncias. Considera-se que os informantes deste estudo apresentaram déficits importantes de conhecimento, especialmente relacionados às categorias Riscos para Pneumonia Associada à ventilação Mecânica, Riscos para lesões traqueais e orais e Riscos para extubação acidental e as atitudes acerca da cultura de segurança, na percepção dos respondentes, podem ser visualizadas sob a ótica de cinco constructos: promoção da segurança do paciente, em nível organizacional; segurança no cuidado ao paciente; prevenção de erros como prioridade organizacional; percepção de riscos e erros que ocorrem na organização. Constatou-se que a forma como as instituições
abordam o erro, na percepção dos profissionais de enfermagem estudados, distancia-se daquela proposta pela abordagem sistêmica. Faz-se necessário, portanto, um novo olhar para estas questões que vão além do ato vivo da assistência prestada pelos profissionais e que perpassa todo um contexto de responsabilizações.
The health care has been in actuality systematically influenced by these changes produced, in technology, this has generated uneasiness and questioning about the benefits, risks and the relation built among workers, diseased and the use of technology as an essential instrument to the nursing/health care. In this context the Intensive care units (ICUs) emerge as environments of health care highly technological where the mechanical ventilation is the more commonly used technology, demanding from the professionals involved in the assistance specific knowledge and from the institutions management resources which guarantee a safe nursing care to the critically ill patients who depend on this therapy. Based in all this the following thesis is prepared: The nursing team has knowledge deficits about the assistance to critically ill patients in invasive mechanical ventilation predisposing risk in sale assistance, especially when acting in health organizations where the safety culture defined in the systemic approach of factors involving the occurrence of mistakes is fragile. The objectiveof this study are: Verifying the knowledge of nurses working in Adult ICUs, about the assistance to critical patients on invasive mechanical ventilation and to identify the attitudes, in relation to patient safety in order to characterize the safety culture in hospitals this in the perception of the nursing team. To this end a quantitative research was held with descriptive correlational design in seven ICUs based in three different cities which form the 3th health regional coordination from the Rio Grande do Sul State. The number of respondents was 173 nursing staff of these units, between all these nurses, nursing technicians and auxiliaries. The data collection made by the research tool implementation contains two scales 5-point Likert-type. The first scale aimed at verifying the nursing team knowledge related to the clinical practice, involving the nursing assistance to the critically ill in invasive mechanical ventilation and the second scale taken from Singer’s study et al (2003) was adapted and validated and it aimed at capturing the nursing team’s perception about the safety culture established by the hospital organization. The data was analysed by the software SPSS, 18.0 version, being subject of descriptive analyses and variance analyses. The respondents of this study present important knowledge deficits, specially related to risk to Pneumonia Associated with Mechanical Ventilation, risk to oral and tracheal injuries and risk to accidental extubation categories. The attitudes about the safety culture can be seen under the view of four constructs in the respondents’ perception: promoting patient safety in the organizational level; patient care safety; error prevention like organizational priorities and risk perception and errors that occur in the organization. The way the institutions deal with the mistake is distant from the way proposed by the systematic approach in the perception of the nursing professionals in this study. It is necessary, a new look at these matters which go beyond the actual act of providing assistance by the professionals and exist in a context of responsibility.
El cuidado a la salud viene siendo en realidad sistemáticamente influenciado por estos cambios producidos, en el ámbito de la tecnología, lo que ha generado diversas inquietaciones e indagaciones, acerca de los beneficios, riesgos y de las relaciones construidas entre trabajadores, enfermos y la utilización de tecnologías como instrumentos imprescindibles al cuidado de enfermería/salud. En este contexto las Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) emergen como ambientes de cuidados en salud altamente tecnologizados en que la ventilación mecánica se constituye en la tecnología más comúnmente empleada, exigiendo de los profesionales envueltos en la asistencia conocimientos específicos y de las instituciones dispositivos de gestión que garanticen un cuidado de enfermería seguro a los enfermos críticos que dependen de esta terapéutica. Delante de lo expuesto, fue preparado la siguiente tesis: El equipo de enfermería posee déficits de conocimiento, acerca de la asistencia al enfermo crítico en ventilación mecánica invasiva que predisponentes de riesgo en la asistencia en venta, sobre todo cuando actúa en organizaciones de salud en que la cultura de seguridad pautada en el abordaje sistémico de los factores que envuelven la ocurrencia de errores es frágil. Lo objetivo de este estudio fue: verifical el conocimiento de las enfermeras que trabajan en UTIs Adultos, acerca de la asistencia a enfermo críticos en ventilación mecánica invasiva y para identificar las actitudes, en relación con la seguridad del paciente con de forma a caracterizar la cultura de la seguridad en los hospitales de esta en la percepción del equipo de enfermería. Así, se realizó una investigación cuantitativa con delineamento descriptivo correlacional, en siete UTIs, de tres municipios que componen a 3ª Coordenadoría Regional de Salud del Estado del Río Grande del Sur. El número de informantes fue de 173 personal de enfermería de estas unidades , entre estos enfermeros, técnicos de enfermería y auxiliares de enfermería. La recolección de datos se realizó por medio de la aplicación de instrumento de investigación conteniendo dos escalas, del tipo Likert con 5 puntos. La primera escala buscó verificar el conocimiento del equipo de enfermería relacionado a la práctica clínica, envolviendo la asistencia de enfermería al enfermo crítico en ventilación mecánica invasiva y la escala 2, extraída del estudio de Singer et al. (2003), fue adaptada y validada y buscó vislumbrar la percepción del equipo de enfermería sobre la cultura de seguridad establecida por la organización hospitalaria. Los datos fueron analizados utilizando el software SPSS, versión 18.0, siendo sometidos a análisis descriptivos y análisis de variancias. Se considera que los informantes de este estudio presentaron déficits importantes de conocimiento, especialmente relacionados a las categorías Riesgos para Neumonía Asociada al Ventilador, Riesgos para lesiones traqueales, orales y Riesgos para extubación accidental y las actitudes acerca de la cultura de seguridad, en la percepción de los entrevistados, pueden ser visualizadas bajo la ótica de cuatro constructos: promoción de la seguridad del paciente en nivel organizacional; seguridad en el cuidado al paciente; prevención de errores como prioridad organizaciona;, percepción de riesgos e errores que ocurren en la organización. Se constató que la forma como las instituciones abordan el error, en la percepción de los profesionales de enfermería estudiados, se distancia de aquella propuesta por el abordaje sistémico. Se hace necesario, por lo tanto, una nueva mirada para estas cuestiones que van más allá del acto vivo de la asistencia prestada por los profesionales y que perpasa todo un contexto de responsabilizaciones.