Abstract:
Numa enseada estuarina da Lagoa dos Patos (Brasil) foi realizado um experimento com o objetivo de avaliar a eficiência do cultivo em cercados, no crescimento e na taxa de sobrevivência de juvenis de Farfantepenaeus paulensis. A contribuição de uma ração de baixo custo também foi estudada. Foram considerados três períodos de engorda de 20, 40 e 60 dias cada um, iniciados em 1 de fevereiro de 1997. Cada período recebeu quatro tratamentos: R: cercados com 60 camarões e a adição diária de uma ração caseira; S: cercados com 60 camarões, sem ração; E: cercados vazios; C: áreas não cercadas. Apesar da disponibilidade de alimento natural e as condições ambientais favoráveis para o desenvolvimento do cultivo, a produção naturaldo sistema sustentou uma biomassa final de camarão de apenas 209 kg.ha1. Este valor representou 19% da produção de F. paulensis nos cercados onde foi adicionada ração (R = 1092 kg.ha-1). Porém, após 60 dias de cultivo a biomassa média individual dos camarões em R foi reduzida (7,0 g) e a taxa de sobrevivência pobre (26%). Concluímos que uma densidade inicial menor, de acordo com a capacidade de suporte do meio e a adoção de uma ração de qualidade nutritiva superior são necessárias.
An experiment was carried out in an estuarine inlet of Lagoa dos Patos (Brazil), with the objetive of evaluating the efficiency of pen-culture in the growth and survival rates of Farfantepenaeus paulensis. The contribution of a low-cost ration was also studied. The experiment consisted of three culture periods of 20, 40 and 60 days each one, initiated on February 1, 1997. Every period received four treatments: R: pen-cages of 60 shrimps with a daily home-made ration; S: pen-cages of 60 shrimps without ration; E: pen-cages with neither shrimps nor ration; C: uncaged areas. In spite of the availability of natural food and the favorable environmental conditions for culture development, the natural production of the system sustained a final shrimp biomass of hardly 209 kg.ha-1. This value represented 19% of the production of F. paulensis supported in pen-cages where extra food was added (R = 1092 kg.ha-1). Furthermore, after 60 days shrimp biomass in R cages resulted in an individual mean of only 7,0 g and in a poor survival rate (26%). We conclude that a minor initial density, in agreement with the carring capacity of the system, and the adoption of a ration of superior nutrient quality it is advised.