Epidemiologia das atividades físicas praticadas no tempo de lazer por adultos do Sul do Brasil

Dumith, Samuel de Carvalho; Domingues, Marlos Rodrigues; Gigante, Denise Petrucci

Abstract:

 
Objetivo: Descrever os tipos de atividades físicas de lazer praticadas, bem como analisar o perfil de seus praticantes. Métodos: Pesquisa transversal de base-populacional com indivíduos de 20 anos ou mais, residentes na cidade de Pelotas, RS. O desfecho foi o tipo de atividade física de lazer praticada na semana anterior à entrevista. A associação bruta e ajustada com características demográficas, socioeconômicas e com o índice de massa corporal foi feita mediante testes qui-quadrado e regressão de Poisson, respectivamente. Resultados: Ao todo, foram entrevistados 3.136 indivíduos, dos quais 1.239 (40%) relataram praticar alguma atividade física de lazer, constituindo-se no denominador deste estudo. A grande maioria (91%) relatou praticar apenas uma atividade física. A modalidade mais praticada foi a caminhada, referida por 57% daqueles que estão engajados em alguma atividade. A seguir, as modalidades mais frequentes foram: futebol (14%), bicicleta (13%), musculação (8%) e ginástica (6%). A frequência semanal teve mediana de 3 dias, enquanto a mediana da duração diária foi de 60 minutos. Mais da metade (56%) referiu que faz atividade física numa intensidade moderada ou vigorosa. No entanto, apenas 30% atingiram a recomendação proposta para adultos e idosos. Quando considerado o tempo de prática, 53% praticam atividade física há mais de seis meses. O motivo mais comum foi por razões de saúde. Conclusões: Menos da metade da população investigada pratica alguma atividade física no lazer. A modalidade mais comum para todos os grupos examinados foi caminhada. Diferenças no perfil demográfico e socioeconômico foram observadas conforme o tipo de atividade física.
 
Objectives: To describe types of leisure-time physical activities and to analyze the profile of their practitioners. Methods: Cross-sectional population-based survey comprising individuals aged 20 years or over, resident in Pelotas, Brazil. The outcome was the type of leisure physical activity performed in the week before the interview. Crude and adjusted associations with demographic and socioeconomic characteristics and with body mass index (BMI) were conducted through chi-square and Poisson regression, respectively. Results: Overall, 3,136 individuals were interviewed, of which 1,239 (40%) reported performing some leisure-time physical activity, corresponding to the denominator of this study. The great majority (91%) performed only one physical activity. Walking was the most practiced, being reported by 57% of those engaged in some physical activity. The following most frequent activities were: soccer (14%), cycling (13%), weight lifting (8%), and gymnastics (6%). Median of weekly frequency was 3 days, while median of daily duration was 60 minutes. More than a half (56%) reported performing physical activity with moderate-to-vigorous intensity. However, only 30% achieved the guidelines for adults and elderly. When the period of practice was considered, 53% were engaged in leisure physical activity for more than six months. The most common motivation was health reasons. Conclusions: Less than half of the investigated population was engaged in leisure-time physical activity. Walking was the most frequent modality for every examined group. Differences in the demographic and socioeconomic profile were observed according to the type of physical activity.
 

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