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Organismos como microalgas, mexilhões e cracas são designados incrustantes em cascos de navios, podendo causar inúmeros problemas. Para evitar sua fixação, tintas anti-incrustantes começaram a ser utilizadas, tendo em sua composição compostos biocidas. Entre estes biocidas estão os compostos orgânicos de estanho (COEs).
O TBT (Tributilestanho) é um exemplo destes COEs utilizados como biocida anti-incrustante (Fent, 2003). Porém, este composto apresenta elevada toxicidade para organismos não-alvo, sendo o imposex um dos efeitos mais bem estudados. Este consiste no surgimento de órgãos sexuais masculinos nas fêmeas de moluscos prosobrânquios (Smith, 1971).
Em função de sua alta toxicidade, em 2008 a Organização Marítima Internacional (IMO) determinou o banimento das tintas a base de COEs. No Brasil, a resolução CONAMA nº 357 permite concentrações de 10 e 370 ng.L-1 de TBT para águas marinhas de classe 1 e 2, respectivamente.
Apesar das restrições, efeitos como o imposex ainda são encontrados, principalmente em marinas e terminais portuários. No Brasil, o imposex vem sendo observado em algumas espécies de moluscos, como Stramonita haemastoma (Castro et al., 2000).
Em função do exposto acima, o objetivo geral deste trabalho foi avaliar no molusco S.haemastoma, se as concentrações permitidas pela legislação brasileira são capazes de induzir imposex, determinando assim sua adequação ambiental. |
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