Abstract:
Fossils of terrestrial mammals from the southern Brazilian continental shelf have been known since the late 19th century. The fossils are relatively common and represent several taxonomic groups of the Pleistocene megafauna. Although the systematics of the fossil assemblage is well known, the relative proportions among taxonomic groups and their skeletal elements have not been evaluated yet. Here are presented the results of a survey of the diversity of skeletal elements and taxa among 2,391 specimens belonging to the paleontological collection of the Universidade Federal do Rio Grande
(FURG). The survey revealed that the most common taxa are the artiodactyls, ground sloths, glyptodontids and toxodontids, while carnivores, rodents and litopterns are very scarce. The most abundant skeletal elements are osteoderms of cingulates
(mostly glyptodontids) and teeth of other groups. Although paleoecological and paleoenvironmental inferences are very hard to obtain because the fossils do not have a stratigraphic setting, encompass a wide time span, of some 700 ky BP, and
represent several environments and climates, some patterns of taxonomic abundance are apparently related to ecological factors, while others seem to result from taphonomic processess.
Fósseis de mamíferos terrestres procedentes da plataforma continental do sul do Brasil são conhecidos desde o século 19. Esses fósseis são relativamente comuns e representam diversos grupos taxonômicos da megafauna do Pleistoceno. Embora a sistemática da assembleia fóssil seja bem conhecida, as proporções relativas entre os diferentes grupos e seus elementos esqueletais ainda não foram avaliadas. Aqui são apresentados os resultados de um levantamento da diversidade de elementos esqueletais e táxons entre 2.391 espécimes pertencentes à coleção paleontológica da Universidade Federal do Rio Grande (FURG). O levantamento revelou que os táxons mais comuns são artiodáctilos, preguiças terrícolas, gliptodontídeos e toxodontídeos, enquanto carnívoros, roedores e litopternos são bastante escassos. Os elementos esqueletais mais abundantes são osteodermos de cingulados com predominância de gliptodontídeos, e dentes de outros grupos. Embora seja difícil fazer inferências paleoecológicas e paleoambientais, devido ao fato de os fósseis não apresentarem contexto estratigráfico, representarem grande intervalo temporal da ordem de 700 ky BP e indicarem diferentes tipos de ambientes e climas, alguns padrões de abundância taxonômica parecem relacionados a fatores ecológicos, enquanto outros parecem ser resultados de processos tafonômicos.