Abstract:
Objetivou-se identificar o cronotipo das enfermeiras da manhã e noite de um hospital universitário, verificar como o trabalho
nestes turnos influencia seu sono e correlacionar os cronotipos com influências que o sono produz no trabalho e fora dele.
Participaram 15 enfermeiras que responderam ao questionário de Horne & Ostberg e à entrevista semiestruturada entre março
e julho de 2010. Os dados dos questionários foram organizados em planilhas e os das entrevistas analisados pela Análise
Temática. Os resultados apontam cinco enfermeiras moderadamente matutinas, quatro indiferentes, duas moderadamente
vespertinas, três definitivamente vespertinas e uma definitivamente matutina. Mostram que o trabalho em turnos faz com que
as entrevistadas desenvolvam hábitos alimentares e de sono, peculiares. Conclui-se que o perfil cronobiológico das enfermeiras
não traduz suas subjetividades na relação do sono com turnos de trabalho; enfermeiras da noite apresentam maiores disfunções
no ciclo sono-vigília, tais disfunções repercutem igualmente no cotidiano das enfermeiras de ambos os turnos.
This study was aimed at identifying the chronotype of nurses in the morning and evening shifts of a university hospital, how
these workshifts influence their sleep and correlate chronotypes with influences of sleep on and off the workplace. Fifteen
nurses participated in the study by answering to the questionnaire of Horne&Ostberg and semi-structured interviews between
March and July 2010. Data from questionnaires were organized into spreadsheets and the interviews were analyzed by thematic
analysis. Nurses worked as follows: five in moderately morning shift, four in indifferent shift, two in moderately evening
shift, three in evening shift and one in morning shift. Shift work was found to develop peculiar eating and sleep habits. The
chronobiological profile did not translate subjectivities regarding sleep and work shifts. Night nurses demonstrated higher
dysfunction in sleep-wake cycle, which had an impact on the daily lives of all nurses.
Se objetivó identificar los cronotipos de enfermeras en la mañana y tarde de un hospital académico para ver como el trabajo en
turnos influye en su sueño y correlacionar los cronotipos con las influencias del sueño dentro y fuera del trabajo. Participaran
del estudio 15 enfermeras, respondiendo al cuestionario de Horne & Ostberg y entrevistas semi-estructuradas entre marzo
y julio de 2010. Los datos fueron organizados en hojas de cálculo y por el análisis temático. Los resultados indican cinco
enfermeras moderadamente de mañana, cuatro indiferentes, dos moderadamente vespertinas, tres vespertinas y una de mañana.
Muestran que el trabajo por turnos causa el desarrollo de hábitos alimentarios y del sueño, peculiares. Se concluye que el perfil
cronobiológico no traduce subjetividades en la relación del sueño con los turnos; las enfermeras vespertinas tienen una mayor
disfunción en el ciclo sueño-vigilia, dislocaciones que afectan la vida cotidiana de todas las enfermeras.