Abstract:
The structure of estuarine fish assemblages at temperate latitudes in Patos Lagoon (32°05’S, 52°04’W), Rio Grande do Sul, Brazil and York River (37°17’N, 76°33’W), Virginia, USA was compared using mid and late 1970’s data from bottom trawl collection to investigate whether geographically isolated fish assemblages have similar ecological structure given similar latitudinal positions on the warm-temperate southwestern and northwestern Atlantic regions, respectively. Since estuarine species often exhibit an ontogenetic shift in habitat requirements or preferences we examined Capture per Unity of Effort by size class (CPUE-SC) and split species into “size ecological taxa” (SET) for analysis. The use of CPUE-SC also allowed the abundance of a SET to be computed by summing the mean CPUE of each size class within that SET and use this information to follows SET’s temporal and or spatial abundance. A total of 65 and 63 species was collected during a year of bottom trawling in the Patos Lagoon and York River estuaries, respectively. In both localities the strongest modal size
class was < 80 mm TL, and several abundant species were smaller than 100 mm TL. The size between 80 and 100 TL effectively separated several species into discrete SET’s in both systems. Those SET’s could have different ecological preferences, temporal and spatial distributions and so identified as different "ecological taxa". In warm months, when predation by large fish is most likely, the abundance of fish between 80 and 100 mm TL in "bottom trawl" demersal fish assemblages was low in both systems. Only the sea catfishes, in Patos Lagoon, protected by strong dorsal and pectoral spines, and the Hogchoker, in the York River, protected by burrowing in the bottom substrate, peak in abundance at this size class. The seasonal pattern of estuarine use was similar between localities and did not differ from other warm-temperate estuarine fish assemblages.
A estrutura das assembléias de peixes de dois estuários temperados – Lagoa dos Patos, Brasil e York River, Estados Unidos – foi comparada usando dados de rede de
arrasto de fundo, da década de 70, em ambas as regiões. O objetivo do trabalho foi o de investigar se a fauna de peixes de dois estuários, localizados em duas regiões temperadas-quente do Atlântico, embora isolados geograficamente (Hemisfério Sul e Norte), apresentavam a mesma estrutura ecológica. Considerando a ontogenia das espécies utilizou-se o método da Captura por Unidade de Esforço por Classe de Tamanho (CPUE-CT) para separar as espécies dominantes em Unidades Ecológicas de Tamanho (UET). O uso da técnica do CPUE-CT permite que a abundância das UET seja computada através da soma da abundância de cada uma das classes de tamanho que incorporam estas UET e desta forma usar o CPUE das UET para estudar sua variação temporal ou espacial de abundância. Após um ano de coleta mensal foram observadas 65 espécies nas coletas de arrasto de fundo na Laguna dos Patos e 63 espécies no York River. Em ambas as localidades as maiores modas de tamanho
foram menores que 80 mm de comprimento total (CT), e diversas espécies ocorrem em tamanho menor do que 100 mm CT. Entre 80 e 100 mm CT foi possível separar efetivamente diversas espécies em UET. Diferentes UET de uma mesma espécie ocorrem em diferentes habitats e em épocas distintas, podendo assim ser classificadas como “Taxas Ecológicos” distintos de uma mesma espécie. Nos meses quentes, quando ocorre a maior pressão de predação dos grandes peixes piscívoros, a abundância dos peixes com tamanhos entre 80 e 100 mm CT nas coletas de arrasto de fundo é baixa em ambos os sistemas. Somente dois grupos de peixes são abundantes neste tamanho, os bagres marinhos da Laguna dos Patos que estão protegidos da predação pelos espinhos dorsais e peitorais, e o linguado-Zebra no York River, que se enterra no substrato evitando a predação.
