Fatores associados e preditores de quedas em idosos domiciliados de acordo com a Classificação Internacional da Funcionalidade, Incapacidade e Saúde

Abstract

Objetivo geral da pesquisa foi identificar os fatores associados e preditivos de quedas em idosos domiciliados em uma cidade do Rio Grande do Sul, Brasil, considerando as características sociodemográficas e epidemiológicas e utilizando-se de fatores ambientais da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF). Objetivos específicos: identificar as características sociodemográficas e epidemiológicas de idosos domiciliados em uma cidade do Rio Grande do Sul, Brasil; descrever os fatores sociodemográficos e epidemiológicos que influenciam nas quedas em idosos domiciliados; Relacionar os fatores ambientais da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde em idosos domiciliados com riscos de quedas. Pesquisa epidemiológica transversal, ocorrida de junho a julho de 2013, com 167 idosos das áreas de abrangência de uma unidade básica de saúde. Critérios de inclusão na pesquisa: ambos os sexos, cadastrados e com residência fixa nas áreas de abrangência de uma unidade básica de saúde. Critérios de exclusão: idosos com alterações cognitivas. Utilizou-se entrevista estruturada com três etapas: levantamento das características dos idosos investigados; questões relacionadas às quedas; informações sobre os fatores ambientais da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde. Os dados foram agrupados para tratamento estatístico/descritivo. A média das idades 71 anos, com desvio padrão de 7,1. A maioria dos idosos era do sexo feminino, casados, com escolaridade de quatro e oito anos, residindo com filhos e companheiro, aposentados e com renda de um salário mínimo. As doenças mais prevalentes foram circulatórias, osteomusculares, e endócrinas e os idosos apresentaram pelo menos uma comorbidade. Dos 167 idosos, 65 caíram nos últimos doze meses, no ambiente domiciliar, com prevalência em: banheiro, cozinha e na rua, sendo as calçadas as mais destacadas. A maior proporção de permanência no chão foi de dez minutos, e a maioria dos idosos, após as quedas, não procuraram os serviços de saúde. Como tratamento para as quedas, obteve-se o não cirúrgico. Quanto à Classificação Internacional da Funcionalidade, Incapacidade e Saúde, houve destaque para o uso de medicações como fator influente nas quedas dos idosos domiciliados. Percebe-se a importância de avaliação constante por parte dos profissionais de saúde sobre os idosos caidores e não-caidores, no sentido de identificar os fatores de riscos intrínsecos e extrínsecos para implementar estratégias de prevenção que compreendam reabilitação da força muscular, equilíbrio e capacidade funcional, redução da polifarmácia, educação para o autocuidado e um olhar do enfermeiro voltado para os períodos e locais de maior incidência de quedas, melhorando desta forma a qualidade de vida dos idosos residentes em diferentes contextos. A pesquisa traz como contribuição social um re-olhar acerca do redimensionamento do cuidado à pessoa idosa que teve queda no próprio ambiente, a partir da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde.

Overall goal of the research is to identify factors associated with and predictive of falls in elders domiciled of a city in Rio Grande do Sul, Brazil , considering the demographic and epidemiological characteristics and using environmental factors of the International Classification of Functioning, Disability and Health( CIF). The specific objectives are to identify the sociodemographic and epidemiological characteristics of elders domiciled in a city of Rio Grande do Sul, Brazil; to describe the demographic and epidemiological factors that influence falls in domiciled elders; and to list the environmental factors of the International Classification of Functioning, Disability and Health in domiciled elderly with risk of falls. This is a transversal epidemiological study with 167 elderly, which took place from June to July 2013, with 167 elderly of the areas covered by a basic health unit. Inclusion criteria: both genders, and registered permanent residence in the areas of a basic health unit. Exclusion criteria: elderly with cognitive impairments. We used structured interviews with three steps: characteristics of elderly investigated; issues related to falls; and information on the environmental factors of the International Classification of Functioning, Disability and Health. Data were pooled for statistical / descriptive treatment. The mean age was 71 years old with standard deviation of 7.1. Most seniors were female, married, with four and eight years of schooling, living with a partner and children, and retirees with an income of a minimum wage. The most prevalent diseases were circulatory, musculoskeletal, endocrine and older had at least one comorbidity. Of the 167 seniors, 65 fell in the last twelve months, and the home environment with prevalence in: bathroom, kitchen, living room and bedroom. The longest time of staying on the floor was ten minutes, and after falls, most of the elderly have not sought health services. The treatment for falls was nonsurgical. The treatment for falls was nonsurgical. The International Classification of Functioning, Disability and Health mainly featured medication use as an influence on the falls of the resident elderly. In order to improve the quality of life of elderly residents in different contexts, we emphasize the importance of a constant evaluation by health professionals about the elderly fallers and non- fallers to identify intrinsic and extrinsic risk factors to implement prevention strategies comprising rehabilitation of muscle strength, functional balance and ability, reducing polypharmacy, self-care education for nursing, and a look toward the periods and places of higher incidence of falls, thereby improving the quality of life of elderly residents in different contexts. In doing so, we bring social contribution as a relook on the resizing of care to elderly people who fall into the environment from the International Classification of Functioning, Disability and Health.

El objetivo general de la investigación fue identificar los factores asociados con y predictivo de caídas en ancianos domiciliados en una ciudad de Río Grande do Sul , Brasil utilizando para tanto, la Clasificación Internacional de Funcionalidad, Incapacidad y Salud. Los objetivos específicos de este estudio han sido identificar las características sociodemográficas y epidemiológicas de ancianos domiciliados en una ciudad de Río Grande do Sul, Brasil; describir los factores sociodemográficos y epidemiológicos que influyen en las caídas de ancianos domiciliados; relacionar los factores ambientales de la Clasificación Internacional, Incapacidad y Salud en ancianos domiciliados con riesgos de caídas. Se trata de una investigación epidemiológica transversal, que tuvo lugar de junio a julio de 2013, con 167 ancianos de las áreas de alcance de una unidad básica de salud. Los criterios de inclusión en la investigación: ambos sexos, registrados y con residencia fija en las áreas de alcance de la UBS. Criterios de exclusión: ancianos con alteraciones cognitivas. Para la recolección de datos se utilizó una encuesta estructurada con tres etapas: levantamiento de las características de los ancianos investigados; cuestiones relacionadas a la salud; informaciones sobre los factores ambientales de la Clasificación Internacional de Funcionalidad, Incapacidad y Salud. Los datos fueron agrupados para tratamiento estadístico/descriptivo. La edad media de las edades fue de 71 años, con desviación patrón de 7,1. La mayoría de los ancianos era del sexo femenino, casados, con escolaridad de cuatro a ocho años, residiendo con hijos y compañeros, jubilados y con ingresos de un sueldo mínimo. Las enfermedades más salientes fueron circulatorias, musculoesquelético y endócrinas y los ancianos presentaron por lo menos una comorbilidad. De los 167 ancianos, 65 cayeron en los últimos doce meses, siendo el ambiente domiciliar el principal lugar, como baño, cocina, sala y cuarto. El tiempo de mayor permanencia en el piso fue de diez minutos y, la mayoría de los ancianos, tras las caídas, no buscaban los servicios de salud. Como el tratamiento para las caídas, se obtuvo el no quirúrgico. Sobre la Clasificación Internacional de la Funcionalidad, Incapacidad y Salud, hubo destaque para el uso de remedios, como factor influyente en las caídas de los ancianos domiciliados. Se percibió la importancia de evaluación constante por parte de los profesionales de salud sobre los ancianos que cayeron y los que no cayeron, en el sentido de identificar los factores de riesgo intrínsecos y extrínsecos para implementar estrategias de prevención que comprendan rehabilitación de la fuerza muscular, equilíbrio y capacidad funcional, reducción de la polifarmacia, educación para el auto cuidado y una mirada de la enfermería que perciba los períodos y locales de mayor incidencia de caídas, mejorando de esta forma, la cualidad de vida de los ancianos residentes en diferentes contextos. La investigación trae como contribución social una otra mirada sobre el redimensionamiento del cuidado con la persona anciana que tuvo caída en el propio ambiente de la Clasificación Internacional del Funcionamiento, de la Discapacidad y de la Salud.