Abstract:
Uma visão preconceituosa e aviltante paira sobre as pessoas
percipientes de auxílios constantes dos programas de
transferência de renda condicionados (PTC) no Brasil a partir dos
anos 2000. Grupos e setores variados têm eleito esses
percipientes como culpados por um dispêndio desnecessário,
membros improdutivos de uma sociedade cujas desigualdades e
sua historicidade são negadas; é o culto da bolsa-esmola. Dando
um manejo a estas opiniões e sua condensação, é possível chegar
a alguns marcos para entender melhor o que tem se
convencionado chamar de discurso de ódio, aplicado a estas
pessoas alvejadas. De maneira mais generalista, a estigmatização resultante desse discurso de ódio deve ser revertida por meio de
estratégias que enfatizem tópicos próprios da decolonialidade,
como retirar o Outro de sua ocultação e promover uma
perspectiva de outridade.
There is an bigoted and shameful view hovering over the subjects
who get support from the revenue transfer programs in the 2000‟s
Brazil. Groups and sectors abroad had been picking these
subjects as guilty of unnecessary outlays, non-productive
members of a society which its inequalities and historicity are
denied; it‟s the alms-assistance cult. Handling these opinions and
its condensation, it is possible to get to some cornerstones to a
better understanding of the so-called hatred speech applied to
such targeted people. In a more general way, the stigmatization
resulting from this hatred speech has to be reversed through
strategies that emphasize topics from decoloniality, as bringing
the Other out of the shadows and to promote an otherness
perspective.