Abstract:
Ao se pensar na produção de um trabalho teórico na área de história,
comumente são convocadas categorias que serão as responsáveis por
embasar a discussão ao longo da escrita. É nesse sentido que o presente
artigo propõe a discussão de uma categoria bastante específica e, com
frequência, estabelecida como dada: feminismo. Entendendo o feminismo
como movimento, acontecimento, discurso, proponho a reflexão sobre a
própria historicidade do termo feminismo, com o objetivo de desvendar os
variados sentidos que podem ser atribuídos à expressão. Para isso faço
uso de três caminhos que se entrecruzam: a análise de conceitos de
dicionários; a reflexão sobre noções de feminismo estabelecidas pelas
próprias teóricas do feminismo, e por último a exploração dos discursos
sobre feminismo de um órgão de imprensa, no caso, a revista Veja.
When you think about the production of a theoretical work in the field of
history, commonly categories have to be brought up to base the
discussion. That is why this study is aimed at discussing a very specific
category often established as already given: feminism. Taking part from an
understanding of feminism as movement, event, discourse, this paper
proposes a reflection on the very historicity of the term feminism in order to
unravel the different meanings that can be attributed to it. To this end,
three paths that intersect each other are used: (i) the analysis of concepts
of dictionaries, (ii) reflection on notions of feminism established by feminist
theorists, and (iii) the exploitation of discourses about feminism from a
Brazilian press company: Veja magazine.