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Apesar do gênero Tursiops spp. ter distribuição cosmopolita, recentemente revalidou-se a subespécie, Tursiops truncatus gephyreus, que é restrita ao Oceano Atlântico Sul Ocidental, entre Sul do Brasil a Argentina. O estuário da Lagoa dos Patos e suas águas costeiras adjacentes abrigam a maior população conhecida desta subespécie e o conhecimento sobre esta população pode contribuir para avaliação de seu status de conservação. Os principais objetivos desta tese foram investigar o padrão de uso espacial destes indivíduos, a forma como estão estruturados socialmente, se existe estruturação genética, assim como entender a ecologia alimentar destes grupos e entender qual fator é preponderante para a estruturação populacional. No capítulo I é apresentado um panorama geral da tese, com uma introdução geral, as hipóteses, objetivos, e os principais métodos, resultados, conclusões e recomendações. No anexo I, levantaram-se todos os dados individuais disponíveis dos golfinhos foto-identificados e catalogados da população para, através de análises sociais, desvendar quais desses fatores influenciam na estrutura social da população. Foram encontrados quatro agrupamentos sociais fortemente relacionados ao uso espacial e temporal de cada área de estudo (estuário, adjacência sul e adjacência norte) e nível de agregação individual. Excluindo estes fatores da análise, para observar apenas as associações puramente sociais, observou-se que as duas unidades presentes em cada área adjacente mantêm sua coesão, enquanto que o grande grupo que utiliza o estuário se subdivide em quatro grupos sociais. No anexo II, investigou-se a estrutura genética dos botos do estuário e costa marinha adjacente. Evidenciou-se que existem duas populações geneticamente distintas que ocupam diferentes nichos isotópicos, uma associada ao estuário e outra à zona costeira. Por fim, esta tese mostra que as duas populações têm um padrão de uso de habitat distintos e que isto é um fator chave de sua estruturação.Palavras-chave: Boto de Lahille; estrutura social; estrutura populacional; genômica; uso de habitat; ecologia alimentar. |
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Social organization, habitat use, resource partitioning, or even individual preferences are important drivers of population genetic differentiation at small geographic scales. A recent study showed that Lahilles bottlenose dolphins (Tursiops truncatus gephyreus) that inhabit the Patos Lagoon estuary and its adjacent southern and northern coastal waters are socially structured in three social units strongly associated to each of these areas, named as PLE, SC and NC, respectively. Here genome-wide data from single-nucleotide polymorphisms (SNPs) and carbon and nitrogen stable isotope data were used to examine population structure and niche partitioning among the three social units. Results from model-based and model-free analyses of population structure supported the delineation of two populations, a result consistent with isotopic niche differentiation that appears strongly driven by habitat use preferences. The populations are represented by dolphins that use the estuary (PLE social unit) and dolphins that inhabit coastal waters (SC and NC social units). We also detected low but significant genetic differentiation among the three social units following a similar pattern as the social structure. The resilience of a population to anthropogenic or ecological disturbances is thought to be positively correlated with genetic diversity and population size. Current conservation actions of bottlenose dolphins at the region are based on investigations of the small and impacted Patos Lagoon population. This study highlights the importance of managing it in association with the coastal population for effective conservation action. |
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