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Objetivo - Avaliar a associação entre depressão e dispepsia funcional. Pacientes e métodos - Estudo transversal onde foram avaliados 348 pacientes com diagnóstico de dispepsia no Ambulatório de Gastroenterologia do Hospital Universitário
de Pelotas, RS, cidade de médio porte do sul do Brasil, durante o período de 1 ano (de março de 2001 a março de 2002).
Após o diagnóstico de dispepsia avaliou-se a presença de depressão, tanto em pacientes com dispepsia funcional, quanto
naqueles com dispepsia orgânica. Utilizou-se a análise univariada para descrição das freqüências das variáveis de interesse
e da análise bivariada, com o teste qui-quadrado, para comparação entre proporções das variáveis categóricas. A técnica da regressão logística foi utilizada para estabelecer a chance dos pacientes com depressão apresentarem dispepsia funcional e
para controlar o efeito das variáveis intervenientes sobre a variável de desfecho. Resultados - Evidenciaram maior prevalência
de deprimidos entre os pacientes com dispepsia funcional (30,4%) em relação àqueles com dispepsia orgânica (11,2%).
As mulheres apresentaram maior chance de dispepsia funcional (OR: 1,74, IC 95%, 1,05-2,89) e, em relação à idade, os
intervalos entre 31 e 50 anos (OR: 0,28 IC 95%, 0,13-0,54) e de 51 a 60 anos (OR: 0,41, IC 95%, 0,17-0,96) mostraram
efeito protetor, ou seja, indivíduos nessas faixas etárias têm menor risco de apresentar dispepsia funcional. Após a análise
multivariada, pacientes deprimidos apresentaram chance três vezes maior de co-morbidade com dispepsia funcional do que
pacientes não-deprimidos (OR 3,13; IC 95%; 1,71-5,74). |
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