Abstract:
A tela O Naufrágio do Rio Apa - pintura a óleo sobre tela -, de Romualdo Gomes Magriço, produzida em 1887 e pertencente ao acervo da Biblioteca Rio-Grandense (Rio Grande do Sul - Brasil), retrata o naufrágio que ocorreu entre os dias 11 e 12 de julho de 1887. O fato ocorreu próximo à costa do litoral sul da Província de São Pedro do Rio Grande do Sul com o paquete Rio Apa da Companhia Nacional de Navegação a Vapor. Recusada pela crítica local, a pintura ficaria reclusa aos olhos da população por mais de cem anos, permanecendo esquecida na memória dos rio-grandinos. A tela insere-se no gênero de marinha sobre o espectro dos naufrágios e suscita indagações sobre possíveis relações com a produção pictórica da Itália Setentrional no final do século XIX. No plano iconográfico da tela observa-se a correspondência do quadro com inquéritos, notícias e especulações em torno do naufrágio e referências que perpassam as tradições literárias e pictóricas. Em demanda de seu encomendante discutir-se-á a relação da tela com uma possível função mnemônica a ser empregada pela elite comercial e política na reivindicação de melhorias na Barra do Rio Grande. Ademais, a partir da pesquisa histórica e iconográfica acerca da tela O Naufrágio do Rio Apa, um bem cultural do Rio Grande, desenvolveu-se um projeto educativo denominado Magriço, o menino pintor, com alunos do Ensino Fundamental I e II, a fim de que os objetivos propostos fossem alcançados, no âmbito da experiência estética, da consciência histórica e da prática artística.
La pantalla El Naufragio del Río Apa - pintura al óleo sobre lienzo -, de Romualdo Gomes Magriço, producida en 1887, perteneciente al acervo de la Biblioteca Rio-Grandense (Rio Grande do Sul - Brasil), retrata el naufragio que ocurrió entre los días 11 Y el 12 de julio de 1887. El hecho ocurrió cerca de la costa del litoral sur de la Provincia de San Pedro de Rio Grande do Sul con el paquete Rio Apa de la Compañía Nacional de Navegación a Vapor. Rechazada por la crítica local, la pintura quedaría recluida a los ojos de la población por más de cien años, permaneciendo olvidada en la memoria de los río-grandinos. La pantalla se inserta en el género de marina sobre el espectro de los naufragios y suscita indagaciones sobre posibles relaciones con la producción pictórica de la Italia septentrional a finales del siglo XIX. En el plano iconográfico de la pantalla se observa la correspondencia del cuadro con encuestas, noticias y especulaciones en torno al naufragio y referencias que atravesan las tradiciones literarias y pictóricas. En demanda de su encomendante se discutirá la relación de la pantalla con una posible función mnemónica a ser empleada por la élite comercial y política en la reivindicación de mejoras en la Barra del Río Grande. Además, a partir de la investigación histórica e iconográfica acerca de la pantalla El Naufragio del Río Apa, un bien cultural del Río Grande, se desarrolló un proyecto educativo denominado Magriço, el niño pintor con alumnos de la Enseñanza Fundamental I y II, a fin de que Se alcanzaron los objetivos propuestos.