dc.description.abstract |
Esta dissertação teve como objetivo investigar a participação do óxido
nítrico (NO) na dispersão pigmentar induzida pela radiação ultravioleta (UV)
nos melanóforos do caranguejo Chasmagnathus granulatus. Para tanto foram
verificados os efeitos de vários fármacos moduladores da produção de NO em
ensaios in vivo e in vitro, bem como foi feita a análise histológica da presença
da enzima óxido nítrico sintase (NOS) na epiderme deste caranguejo.
Primeiramente, testamos se a produção de NO, por si só, induzia a
dispersão pigmentar nos melanóforos de Chasmagnathus granulatus. Para
isso, os meropoditos do terceiro par de maxilípedes foram expostos a
diferentes concentrações de um potente doador de NO, o SIN-1. Estes
melanóforos apresentaram dispersão pigmentar dose dependente à medida
que se aumentava a concentração deste fármaco no meio.
Em um segundo passo, analisamos a ação sinalizadora do NO na
mudança de cor induzida pela radiação UV em Chasmagnathus granulatus.
Para tanto animais apedunculados foram expostos a diferentes doses de UVA
(6,4; 1,5; 0,6; 0,2; 0,07 J/cm2
) e UVB (8,1; 3,1; 1,2; 0,9; 0,6; 0,03 J/cm2
). Estes
animais recebiam a injeção (100 L) de L-NAME (500nmol/animal), PTIO (10
nmol/animal), BSO (14,5 nmol/animal) ou solução fisiológica (controles) 15 min
antes da exposição.
Os animais expostos a radiação UVA e previamente injetados com LNAME
apresentaram uma inibição da resposta pigmentar quando comparados
com os animais controles. O mesmo pode ser verificado na exposição a
radiação UVB.
7
Já os animais que receberam PTIO apresentaram diferentes respostas
quando expostos a radiação UVA ou UVB. O PTIO foi capaz de inibir a
resposta pigmentar induzida pela radiação UVA, porém isto não foi percebido
quando estes animais foram expostos a radiação UVB.
Em uma próxima etapa, investigamos se o aumento da concentração de
espécies reativas induziria a formação não enzimática de NO. Para isso
utilizamos o BSO, um inibidor da -glutamilcisteina, uma enzima chave para a
formação de GSH. Os animais expostos a radiação UVA e previamente
injetados com BSO não apresentaram diferença na resposta pigmentar quando
comparados aos animais controles.
Em uma ultima etapa, investigamos a localização da NOS na epiderme
do caranguejo Chasmagnthus granulatus. Desta forma, foram feitos cortes
histológicos submetidos a duas técnicas que determinam a presença da NOS,
a NADPH-diaforase e a imunocitoquímica contra um anticorpo da nNOS. Os
cortes histológicos foram positivos para ambas técnicas revelando que a NOS
está presente no epitélio do caranguejo Chasmagnathus granulatus.
Estes resultados sugerem que o NO é uma importante molécula para
induzir dispersão pigmentar nos melanóforos do caranguejo Chasmagnathus
granulatus e, além disso, a NOS parece estar envolvida no processo de
sinalização da resposta pigmentar induzida pela radiação UV. Esta dissertação teve como objetivo investigar a participação do óxido
nítrico (NO) na dispersão pigmentar induzida pela radiação ultravioleta (UV)
nos melanóforos do caranguejo Chasmagnathus granulatus. Para tanto foram
verificados os efeitos de vários fármacos moduladores da produção de NO em
ensaios in vivo e in vitro, bem como foi feita a análise histológica da presença
da enzima óxido nítrico sintase (NOS) na epiderme deste caranguejo.
Primeiramente, testamos se a produção de NO, por si só, induzia a
dispersão pigmentar nos melanóforos de Chasmagnathus granulatus. Para
isso, os meropoditos do terceiro par de maxilípedes foram expostos a
diferentes concentrações de um potente doador de NO, o SIN-1. Estes
melanóforos apresentaram dispersão pigmentar dose dependente à medida
que se aumentava a concentração deste fármaco no meio.
Em um segundo passo, analisamos a ação sinalizadora do NO na
mudança de cor induzida pela radiação UV em Chasmagnathus granulatus.
Para tanto animais apedunculados foram expostos a diferentes doses de UVA
(6,4; 1,5; 0,6; 0,2; 0,07 J/cm2
) e UVB (8,1; 3,1; 1,2; 0,9; 0,6; 0,03 J/cm2
). Estes
animais recebiam a injeção (100 L) de L-NAME (500nmol/animal), PTIO (10
nmol/animal), BSO (14,5 nmol/animal) ou solução fisiológica (controles) 15 min
antes da exposição.
Os animais expostos a radiação UVA e previamente injetados com LNAME
apresentaram uma inibição da resposta pigmentar quando comparados
com os animais controles. O mesmo pode ser verificado na exposição a
radiação UVB.
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Já os animais que receberam PTIO apresentaram diferentes respostas
quando expostos a radiação UVA ou UVB. O PTIO foi capaz de inibir a
resposta pigmentar induzida pela radiação UVA, porém isto não foi percebido
quando estes animais foram expostos a radiação UVB.
Em uma próxima etapa, investigamos se o aumento da concentração de
espécies reativas induziria a formação não enzimática de NO. Para isso
utilizamos o BSO, um inibidor da -glutamilcisteina, uma enzima chave para a
formação de GSH. Os animais expostos a radiação UVA e previamente
injetados com BSO não apresentaram diferença na resposta pigmentar quando
comparados aos animais controles.
Em uma ultima etapa, investigamos a localização da NOS na epiderme
do caranguejo Chasmagnthus granulatus. Desta forma, foram feitos cortes
histológicos submetidos a duas técnicas que determinam a presença da NOS,
a NADPH-diaforase e a imunocitoquímica contra um anticorpo da nNOS. Os
cortes histológicos foram positivos para ambas técnicas revelando que a NOS
está presente no epitélio do caranguejo Chasmagnathus granulatus.
Estes resultados sugerem que o NO é uma importante molécula para
induzir dispersão pigmentar nos melanóforos do caranguejo Chasmagnathus
granulatus e, além disso, a NOS parece estar envolvida no processo de
sinalização da resposta pigmentar induzida pela radiação UV. |
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