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O marisco branco Mesodesma mactroides foi historicamente um recurso
pesqueiro importante no litoral extremo sul do Brasil, Uruguai e Argentina, entretanto,
seus estoques atuais encontram-se dizimados devido a mortalidades massivas, sem
causa definida, e a sobre-exploração, o que impossibilita a sua utilização a nível
comercial. Neste contexto, o objetivo do seguinte trabalho foi compreender, através de
um estudo básico, o estado do sistema imunológico da espécie em questão, em seis
diferentes pontos, com diferentes exposições antrópicas (Molhes da Barra, Estação
Marinha de Aquicultura-EMA, Navio Altair, Farol de Sarita, Farol do Albardão e
Molhes da Barra-Chuí/RS), durante as quatro estações do ano. Os parâmetros hemato83 imunológicos selecionados para tal avaliação foram: caracterização e contagem
diferencial de hemócitos, índice apoptótico e histopatologia. Na caracterização de
hemócitos do marisco branco foram encontrados dos tipos, os hialinos e granulares. A
contagem diferencial de hemócitos não demonstrou diferenças significativas nos
organismos coletados na primavera e outono, porém no verão e inverno observaram-se
diferenças significativas entre os diferentes pontos. O índice apoptótico sofreu maior
variação nos Molhes da Barra, no verão, subtendendo que esses organismos se
encontram mais imunodebilitados. As análises histopatológicas mostraram a ocorrência
dos protozoários Trichodina sp. e dos helmintos da classe Turbellaria, porém não houve
diferenças significativas nos diferentes pontos e estações. Os resultados deste trabalho
demonstraram que ações antropogênicas associadas a variações ambientais (temperatura em estar afetando o sistema imune do M. Mactroides, porém, mais
estudos precisam ser realizados, para contribuir com um futuro manejo e a
malacocultura dessa espécie. |
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