Abstract:
Apesar de a assistência pré-natal no sistema público de saúde ser garantida pelo Ministério da Saúde a todas as mulheres, ainda são registrados óbitos decorrentes de complicações na gestação, parto e puerpério. A realização do pré-natal contribui favoravelmente para o conhecimento e precaução de complicações comuns na gestação. Ciente disso, o objetivo deste estudo é estabelecer a relação entre a realização de um pré-natal de qualidade e a ocorrência do parto prematuro. Trata-se de uma pesquisa de abordagem quantitativa, do tipo caso-controle, vinculada à macropesquisa “Parto Prematuro: Estudo dos fatores associados para construção de estratégias de prevenção”. O contexto de estudo refere-se aos dois hospitais gerais do município do Rio Grande, no Rio Grande do Sul, e os sujeitos pesquisados são mulheres que apresentaram partos prematuros representando os casos, e mulheres que tiveram partos a termo em momentos imediatamente posteriores a este, representando os controles, durante os primeiros cinco meses de 2014. A coleta de dados foi desenvolvida por meio de entrevista com as mulheres e análise documental da carteira de gestante, sendo os dados inseridos no programa Epi-Data 3.1. Para análise de dados foi utilizado o pacote estatístico Stata, versão 11.0. Os aspectos éticos do estudo foram respeitados de acordo com a Resolução 466/12. Em relação às mulheres investigadas, observou-se que aquelas que possuíam entre 5 e 8 anos de escolaridade realizaram o pré-natal e iniciaram as consultas ainda no primeiro trimestre gestacional, assim como procuraram atendimento no nível da atenção primária à saúde, seja em unidades tradicionais ou com Estratégia Saúde da Família, apresentaram risco menor de parto pré-termo. Quando se trata das complicações na gestação, as mulheres que relataram ter tido hipertensão durante a gestação e ameaça de trabalho de parto prematuro, também apresentaram mais chances de parto pré-termo. Acredita-se que, embora não tenha aparecido significância estatística entre a prematuridade e todos os componentes que caracterizam o pré-natal de qualidade, já se pode concluir que existe relação entre uma assistência qualificada e a prematuridade.
Although prenatal care in the public health system is guaranteed by the Ministry of Health to all women, there are still registered deaths from complications during
pregnancy, childbirth and postpartum. Prenatal care contributes favorably to the
knowledge and care of common complications during pregnancy. Considering this fact,
the aim of this study is to establish he relationship between the implementation of
quality prenatal care and the occurrence of premature birth. This is a quantitative
approach to case-control research. It is linked to the macro research "Premature Birth:
Study of factors associated with the construction of prevention strategies." The study
context refers to two general hospitals in Rio Grande, Rio Grande do Sul, and the
subjects are women with preterm labor representing the cases and those who delivered at
term immediately thereafter, representing the control group during the first five months
of 2014. Data collection was developed through interviews with women and the
analysis of their prenatal care card. The data was entered into the Epi-Data 3.1 program.
The Stata software, version 11.0 was used for analysis of the data. The ethical aspects of
the study in accordance with Resolution 466/12 were respected. It was observed that the
women surveyed had less schooling. Those who had prenatal care, began their
appointments in the first trimester and sought primary health care treatment, whether in traditional or units with the Family Health Strategy, had a lower risk of preterm childbirth. When it comes to complications during pregnancy, women who reported having hypertension during pregnancy and preterm labor threat also had higher risk of preterm childbirth. It is believed that although a statistical significance wasn’t observed between prematurity and all the components that characterize the quality of prenatal care, it appears there is a relationship between a qualified assistance and prematurity.
Aunque la atención prenatal en el sistema público de salud está garantizada por el Ministerio de Salud para todas las mujeres, aún siguen siendo registradas muertes por complicaciones durante el embarazo, el parto y el posparto. La realización de prenatal, contribuye favorablemente al conocimiento y la precaución de complicaciones comunes durante el embarazo. Consciente de ello, el objetivo de este estudio es establecer la relación entre la aplicación de una atención prenatal de calidad y la aparición de un parto prematuro. Se trata de una investigación con enfoque cuantitativo, de tipo casos y controles. Está vinculada a macropesquisa "Nacimiento Prematuro: Estudio de los factores asociados con la construcción de estrategias de prevención." El contexto del estudio se refiere a dos hospitales generales en Río Grande, Río Grande del Sur, y los sujetos son mujeres con trabajo de parto prematuro representanndo los casos y las que dieron a luz a término en inmediatamente después de esto, representando los controles, durante los primeros cinco meses de 2014. La recolección de datos se desarrolló a través de entrevistas con las mujeres y el análisis de documentos de tarjeta de atención prenatal, y los datos introducidos en el programa Epi-datos 3.1. Se utilizo el Software Stata, versión 11.0 para el análisis de los datos. Se respetaron los aspectos éticos del estudio de acuerdo con la Resolución 466/12. De las mujeres encuestadas señalaron las que tenían de 5 a 8 años de escolaridad, las que hicieron el prenatal y han iniciado las consultas en el primer trimestre y buscaron tratamiento en el ámbito de la atención primaria de la salud, ya sea en unidades tradiconales o con la Estrategia Salud de la Familia, presentaron un menor riesgo de parto prematuro. Cuando se trata de complicaciones durante el embarazo, las mujeres que reportaron tener hipertensión durante el embarazo y amenaza de trabajo de parto prematuro durante lo mismo, también tubieron mayores probabilidades de parto prematuro. Se cree que aunque no se ha demostrado la significación estadística entre prematuridad y todos los componentes que caracterizan el prenatal de calidad, ya se puede concluir que hay una relación entre una asistencia cualificada y la prematuridad.