Fluxos de CO2 entre oceano e atmosfera e os controladores da variabilidade de pCO2 superficial no oceano Atlântico Sudoeste
Abstract:
Neste estudo foi utilizado um modelo biogeoquímico acoplado ao modelo físico ROMS para investigar as principais variáveis e processos responsáveis pela variabilidade espaço-temporal da pressão parcial do dióxido de carbono ( CO2) e dos fluxos líquidos de CO2 na interface oceano-atmosfera no oceano Atlântico Sudoeste. No geral, esta região se comporta como um sumidouro de CO2 atmosférico ao Sul de 30∘ , e se encontra próxima ao equilíbrio com a atmosfera ao Norte. Nas plataformas internas, o oceano atua como uma fraca fonte de CO2 para a atmosfera. Já nas plataformas médias e externas, especialmente na Patagônia, o oceano atua como um sumidouro de CO2 atmosférico. Os gradientes observados de CO2, tanto meridionais, quanto das plataformas internas para as externas, foram bem representados pela simulação. Uma análise de sensibilidade foi realizada e mostra a importância dos efeitos contrários da temperatura e da concentração de carbono inorgânico dissolvido ( ) na regulação da variabilidade sazonal do CO2. Os processos mais importantes no controle da variabilidade de CO2 foram os processos de produção biológica e solubilidade do CO2, sendo que a produção biológica apresentou maior influência nas plataformas continentais. O papel da estratificação e mistura apresentou também importância na regulação das concentrações de superficiais e consequentemente na regulação do CO2. Para exemplificar o papel da mistura, foi apresentado um perfil vertical no ponto (42∘ , 42∘ ), onde será um ponto de monitoramento de variáveis físicas e biogeoquímicas do (OOI). Este trabalho está dividido em capítulos, no capítulo 1 é apresentado uma introdução com uma explanação geral do ciclo do carbono no ambiente marinho, apresentação da área de estudo, objetivos e motivação. No capítulo 2 é apresentado um detalhamento do modelo e dos métodos utilizados. No capítulo 3 está o manuscrito redigido na lingua inglesa e submetido para a revista Biogeosciences, e por fim no capítulo 4 as considerações finais do estudo são apresentadas.