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Diálogos sobre os processos de Gestão nos
ambientes Informacionais se trata de um livro
contemporâneo e extremamente atual para estudantes de
Biblioteconomia, cientistas da informação e profissionais
interessados na gestão de diferentes ambientes
informacionais. Por meio de pesquisas, relatos de
experiência, levantamentos bibliográficos e casos de
sucesso ocorridos, nacionalmente e internacionalmente,
nos períodos pré, durante e pós-pandemia da COVID19,
esta excelente obra literária traz diversos exemplos de
como os profissionais de biblioteconomia têm se reinventado
e se tornado importantes agentes de mudança nas
instituições onde atuam, seja em bibliotecas universitárias,
setoriais, escolares, nos processos de gestão universitária
ou demais centros de informação.
Antes vistos como indivíduos que ficavam
confinados numa biblioteca, hoje, percebe-se que o
trabalho do profissional da informação engloba diferentes
níveis de atuação, que vão desde o papel de um
administrador ou gerente, passando pelas atividades
técnicas e de organização do ambiente informacional ou da
instituição em que atua, atendimento ao usuário,
elaboração e execução de projetos, além de atuar como
um consultor e, até mesmo, educador. A velha falácia de
que o fim do papel ou dos livros impressos iria acabar
com as bibliotecas foi reforçada no período da pandemia;
entretanto, diferentesestratégiasforamcolocadasemprática
por tais profissionais, mostrando o quanto as bibliotecas
e centros de informação foram vitais neste período,
inclusive no combate à pandemia e no desenvolvimento
das vacinas.
Na verdade, a pandemia da COVID-19 acelerou
ainda mais a necessidade de repensar e (re)configurar
os processos, produtos e serviços informacionais de
forma intencional, fazendo da criatividade e conhecimento
do profissional da informação uma importante ferramenta
para a geração de inovação no contexto das bibliotecas.
Ao mesmo tempo, a velocidade com que novas
ferramentas de comunicação surgiram, bem como as
possibilidades de interação entre usuários e biblioteca,
foi, sem dúvida, avassaladora.
A divulgação científica realizada pelas bibliotecas
universitárias no período da pandemia, por exemplo,
assim como a oferta e divulgação de seus serviços
oferecidos à comunidade não foram extintos, sendo,
em sua maioria, ampliados graças ao uso permanente
das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC),
as quais possibilitaram a integração das rotinas de
trabalho, a qualificação dos produtos e serviços de
informação prestados por seus profissionais e,
principalmente, o acesso e uso de seus acervos e das
informações científicas geradas pela Universidade. Além
do Facebook, outras redes sociais passaram a ser
utilizadas para divulgação dos seus serviços e produtos,
tais como Twitter, Instagram, WhatsApp, boletins, sites
próprios, e até mesmo a elaboração de posts para blogs.
Diante desse contexto, é inegável que qualquer
planejamento voltado às mídias sociais de bibliotecas ou
centros de informação precisa partir da premissa de que
o profissional da informação de hoje possui uma ampla
gama de competências e habilidades adaptadas ao
mundo digital para exercer suas atividades profissionais.
E, para isso, o bibliotecário deve acompanhar as
tendências da Administração contemporânea e da gestão
de pessoas, a fim de tomar melhores decisões nos
ambientes em que atua. Mais especificamente, neste
livro, uma série de instrumentos de gestão aplicados nos
mais diversos ambientes informacionais são relatados
por profissionais de diferentes instituições brasileiras,
localizadas no Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Rio de
Janeiro e São Paulo.
Certamente, os casos aqui apresentados serão
úteis para gestores que atuam com a prática da
avaliação institucional, praticantes, pesquisadores e
alunos interessados na área de Gestão de Ambientes
Informacionais, servindo como ótimos exemplos a serem
seguidos ou adaptados para as suas realidades ou
especificidades locais. Dentre as ferramentas de gestão
disponibilizadas nesta obra, destacam-se o planejamento
estratégico de uma biblioteca universitária, os múltiplos
papéis do bibliotecário(a), inclusive como gestor de
uma unidade de informação, o crowdsourcing como
solução inovadora em uma biblioteca universitária,
as (re)configurações da gestão e do planejamento das
bibliotecas universitárias, em tempos de pandemia,
o processo de avaliação do planejamento e da gestão de
uma universidade, sob o olhar da sua comunidade
acadêmica, o planejamento de uma biblioteca escolar,
o processo de desenvolvimento de coleções, em uma
biblioteca (incluindo os critérios para descartar obras e
qualquer tipo de material obsoleto ou com danos físicos)
e o papel do profissional bibliotecário, como gestor de
pessoas, em uma unidade de informação.
Para finalizar, destaco as ideias propostas neste
livro, especialmente pela sua aplicabilidade no contexto
de pós-pandemia, podendo servir de referência para
aquelas bibliotecas e centros de informação que
desejam inovar e transformar suas atividades.
Uma ótima leitura!
Professor Doutor Guilherme Lerch Lunardi |
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