dc.description.abstract |
Muitos peixes são predadores visuais e necessitam de um ambiente com uma intensidade luminosa mínima para o seu desenvolvimento e crescimento. Por outro lado, uma luz muito intensa pode ser estressante ou mesmo letal. O objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito da intensidade luminosa sobre o crescimento de juvenis do linguado Paralichthys orbignyanus. Juvenis de 1,55 ± 0,03 g foram aleatoriamente distribuídos em 12 tanques de 50 L (75 peixes por tanque) conectados a um sistema de recirculação de água. As intensidades luminosas testadas foram 5 (5 ± 1 lux), 180 (176 ± 6 lux), 700 (712 ± 29 lux) e 2.000 lux (1.998 ± 64 lux), com três repetições cada. Os peixes foram alimentados com ração comercial seis vezes ao dia, até se mostrarem aparentemente saciados. O experimento teve duração de 42 dias, e a cada duas semanas, 30 peixes de cada tanque foram medidos e pesados. Ao longo do experimento, a água dos tanques foi mantida com salinidade 32 ± 1, temperatura de 23 ± 1°C, oxigênio dissolvido de 6,6 ± 0,2 mg/L, pH de 7,8 ± 0,2 e amônia total de 0,3 ± 0,1 mg/L. O fotoperíodo foi mantido em 18 horas claro e 6 horas escuro. Os dados de crescimento ao longo do tempo foram analisados com ANOVA (duas vias), enquanto que a taxa de crescimento específico diário (TCE), a conversão alimentar aparente (CAA), a ingestão alimentar (IA) e a sobrevivência foram analisadas com ANOVA (uma via) com nível de significância de 95%, seguido pelo teste de Tukey, quando detectadas diferenças significativas. Ao final do experimento, os juvenis criados sob 5 e 180 lux atingiram 10,1 ± 0,3 e 9,44 ± 0,3 g, respectivamente, pesos superiores aos criados sob 700 lux (8,45 ± 0,3 g) e 2.000 lux (8,44 ± 0,3 g) (P<0,05). A TCE foi maior em 5 lux (4,6 ± 0,2%) quando comparada com 700 lux (4,0 ± 0,1%) e 2.000 lux (4,0 ± 0,1%) (P<0,05), enquanto a obtida em 180 lux (4,3 ± 0,1%) não diferiu de nenhum tratamento (P>0,05). Não foi observada diferença significativa (P>0,05) na CAA nas diferentes intensidades luminosas, variando de 1,04 ± 0,02 a 1,19 ± 0,03. A IA variou entre 1,53 ± 0,04 e 1,63 ± 0,03% / dia e não diferiu significativamente (P>0,05) em nenhum tratamento. A sobrevivência foi de 100% em todas as intensidades luminosas testadas. Foi observado que o crescimento de juvenis do linguado é afetado pela intensidade luminosa, e de acordo com os resultados obtidos nesse trabalho, sua criação deve ser realizada entre 5 e 180 lux. |
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dc.description.abstract |
Most fishes are visual feeders and require a minimum threshold light intensity to be able to develop and grow. On the other hand, an elevated light intensity may be stressful or even lethal. The aim of this study was to evaluate the effect of light intensity on growth of juvenile Brazilian flounder Paralichthys orbignyanus. Juvenile flounder (1.55 ± 0.03 g) were randomly distributed into twelve 50 L tanks (75 fish per tank) connected to a recirculating aquaculture system. Light intensities tested were 5 (5 ± 1 lux), 180 (176 ± 6 lux), 700 (712 ± 29 lux) and 2,000 lux (1,998 ± 64 lux), all in triplicates. Fish were fed a commercial feed six times a day until satiation. The experiment lasted for 42 days, and every two weeks, 30 fish from each tank were measured and weighed. Throughout the experiment, salinity was maintained at 32 ± 1, temperature at 23 ± 1°C, dissolved oxygen at 6.6 ± 0.2 mg L -1 , pH at 7.8 ± 0.2 and total ammonia at 0.3 ± 0.1 mg L -1 . Photoperiod was set at 18 h of light and 6 h of darkness. Growth throughout time data were analyzed with ANOVA (two-way), whereas daily specific growth rate (SGR), apparent feed conversion (AFC), feed intake (FI) and survival were analyzed with ANOVA (one-way) with significance level of 95%, followed by Tukey test when significant differences were detected. At the end of the experiment, juveniles reared at 5 and 180 lux reached respectively 10.1 ± 0.3 and 9.44 ± 0.3 g, their weight was higher than those reared at 700 lux (8.45 ± 0.3 g) and 2,000 lux (8.44 ± 0.3 g) (P<0.05). SGR was higher at 5 lux (4.6 ± 0.2%), compared to 700 lux (4.0 ± 0.1%) and 2,000 lux (4.0 ± 0.1%) (P<0.05), while fish reared at 180 lux (4.3 ± 0.1%) did not differ from the other treatments (P>0.05). No significant difference (P>0.05) was observed in AFC at the different light intensities, ranging from 1.04 ± 0.02 to 1.19 ± 0.03. FI ranged between 1.53 ± 0.04 and 1.63 ± 0.03% day -1 , and did not differ significantly (P>0.05) in any treatment. Survival was 100% at all light intensities tested. It was observed that juvenile Brazilian flounder growth is affected by light intensity, and according to the results obtained in this study, they should be reared at light intensities between 5 and 180 lux. |
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