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A tainha, Mugil liza esta inserida entre as espécies com potencial de crescimento e de mercado na piscicultura marinha brasileira. Contudo, dificuldades são encontradas no sentido de prevenir e tratar doenças presentes nos animais em sistema de criação. A utilização de quimioterápicos tem sido uma prática comum para o controle de enfermidades nas pisciculturas e pode ser viável quando a dosagem e o tempo de exposição correto do medicamento forem usados. No controle terapêutico de enfermidades parasitárias os banhos de curta e longa duração tem sido uma prática comum. No entanto, em tratamentos via banhos com fármacos de baixa solubilidade em água é de difícil aplicação. O praziquantel (PZQ) e o mebendazol (MBZ) são fármacos indicados no controle de doenças parasitárias na medicina humana e veterinária. Em peixes a eficiência destes fármacos tem sido reportada através de diferentes espécies e métodos de aplicação. No entanto devido à baixa solubilidade em água, a aplicação destes fármacos em forma de banhos é dificultada. A lecitina é um fosfolipídio extraído da gema do ovo ou da soja e seu principal componente é a fosfatidilcolina, podendo agir de diversas maneiras, como dispersantes, estabilizantes, solubilizantes das formas farmacêuticas. A lecitina de soja é considerada um bom veículo para fármacos lipofílicos, sendo um dispersante da forma sólida na líquida. Sendo assim o objetivo deste estudo foi determinar a eficácia do PZQ e do MBZ combinado à lecitina de soja (LS). Para isso os peixes foram coletados no arroio do navio (32o 29’ 48” S; 52o 26’ 74” O) e mantidos no Laboratório de Biologia de Parasitos de Organismos Aquáticos. Foi realizado o teste da concentração média letal (CL50-24 h), verificada a taxa de sobrevivência, o percentual de eficácia e monitorado os parâmetros de qualidade da água. Foram realizadas necropsias de 40 peixes para determinação da presença de parasitos e seus índices parasitológicos. O teste da CL50-24 h referente ao PZQ e MBZ combinado a LS, foi realizado nas seguintes concentrações: Controle, LSA, 0,5; 1,5; 2,5; 5,0; 7,5; 10,0 mg/L e controle, LS, 0,5; 1,0; 2,0; 3,0; 5,0; 7,0; 9,0; 12,0 mg/L, respectivamente, 30 peixes por concentração. Foram realizados três experimentos de eficácia com o PZQ: controle, LSA, 0,5; 1,5; 2,0 mg/L banhos de 30 minutos e 24 horas, respectivamente. As mesmas concentrações também foram testadas em banhos de 24 horas sem a presença de álcool na diluição do PZQ. O teste definitivo com o MBZ constituiu de três concentrações 4,0; 8,0; 12,0 mg/L, controle zero e o grupo controle com LS (2,0 mg/L). Todos os experimentos foram inteiramente casualizados e em xiii três repetições simultâneas. As análises dos dados parasitológicos foram feitas no programa Quantitative Parasitology, as demais análises estatística consistiram na realização de análises de variância (ANOVA), seguida pelo teste de Tukey, com programa estatístico sigmaStat 3.5 a 5% de probabilidade. Nas brânquias de juvenis de tainhas houve ocorrência de Ligophorus uruguayense e Solostamenides platyorchis e digenéticos com prevalência de 42,5%; 30% e 20%, intensidade média de infecção/Infestação (3,5; 2,0 e 2,3), abundância média de infecção/Infestação (1,5; 0,6 e 0,45), respectivamente. Não foi possível determinar a CL50-24 h para ambos os fármacos. Os parâmetros de qualidade de água não apresentaram diferença estatística. A taxa de sobrevivência foi superior a 90% em 30 minutos e 24 horas de banhos com o PZQ e superior a 80% em banhos com o MBZ. Não houve eficácia do PZQ após 30 minutos de banho para L. uruguayense, mas foi eficaz com percentual acima de 70% em 0,5; 1,5; 2,0 mg/L contra S. platyorchis, contra digeneticos 0,5 mg/L foi efetivo em 83,3%. Após 24 horas de banho com o PZQ diluído em álcool e combinado a LS 2,0 mg/L foi efetivo contra L. uruguayense. Após 24 horas de banho com PZQ e LS sem álcool houve eficácia para L. uruguayense de 59% e 76,7% em 1,5 e 2,0 mg/L, respectivamente. O MBZ foi eficaz 74,5% em 4,0 mg/L contra L. uruguayense e 100% em todas concentrações contra S. platyorchis e digenéticos. |
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dc.description.abstract |
The mullet, Mugil liza is inserted between species with potential for growth and market share in the Brazilian marine fish farming. However, difficulties are encountered in preventing and treating disease in the animals in the breeding system. The use of chemotherapy has been a common practice for the control of diseases in fish farms and can be viable when the correct dosage and duration of exposure of the drug are used. In therapeutic control of parasitic diseases baths short and long term has been a common practice. However, in the baths via treatment with drugs of low water solubility is difficult to apply. Praziquantel (PZQ) and mebendazole (MBZ) are indicated drugs in the control of parasitic diseases in human and veterinary medicine. In fish the efficiency of these drugs has been reported by various species and methods of application. However, due to low water solubility, the application of these drugs in the form of baths is difficult. Lecithin is a phospholipid extracted from egg yolk or soybeans and their main component is phosphatidylcholine, which may act in several ways, such as dispersants, stabilizers, solubilizers of dosage forms. Soy lecithin is considered a good vehicle for lipophilic drugs, being a solid dispersant in the liquid. Therefore the aim of this study was to determine the efficacy of PZQ and MBZ combined with soy lecithin (SL). For this fish were collected in the stream of the vessel (32o 29' 48" S, 52o 26' 74" W) and maintained in the Laboratory of Biology of Parasites of Aquatic Organisms. Testing the median lethal concentration (LC50-24 h), the survival rate checked the percentage of efficacy was conducted and monitored parameters of water quality. Autopsies of 40 fish for the presence of parasites and their parasitological indices were performed. The test of LC50-24 h referring to PZQ and MBZ combined SL was performed at the following concentrations: Control, LSA, 0.5; 1.5; 2.5; 5.0; 7.5; 10.0 mg/L and control, LS, 0.5; 1.0; 2.0; 3.0; 5.0; 7.0; 9.0; 12.0 mg/L, respectively 30 fish per concentration. Three experiments with PZQ efficacy were performed: control, LSA, 0.5; 1.5; 2.0 mg/L baths, 30 minutes and 24 hours, respectively. The same concentrations were also tested in baths of 24 hours without the presence of alcohol in the dilution PZQ. The ultimate test with MBZ consisted of three concentrations 4.0; 8.0; 12.0 mg/L, zero control and the control group with LS xv (2.0 mg/L). All experiments were randomized and three simultaneous replicates. The analysis of parasitological data were made in Quantitative Parasitology program, other statistical analysis consisted in performing analyzes of variance (ANOVA) followed by Tukey test, with statistical program SigmaStat 3.5 to 5 % probability. In the gills of juvenile mullet was no occurrence of Ligophorus uruguayense and Solostamenides platyorchis and digeneans with a prevalence of 42.5%; 30% and 20% , mean intensity of infection/infestation (3.5, 2.0 and 2.3), mean abundance of infection/infestation (1.5, 0.6 and 0.45), respectively. Unable to determine the LC50-24 h for both drugs. The water quality parameters showed no statistical difference. The survival rate was higher than 90 % in 30 minutes and 24 hours PZQ baths and more than 80 % by bathing the MBZ. There was no efficacy of PZQ after 30 minutes of bathroom L. uruguayense but was effective with percentage above 70 % in 0.5; 1.5; 2.0 mg/L against S. platyorchis against Digenetic 0.5 mg/L was effective in 83.3%. After 24 hours in the bathroom with PZQ diluted in alcohol and combined with LS 2.0 mg/L was effective against L. uruguayense. After 24 hours bath with PZQ and LS without alcohol for L. uruguayense efficacy was 59% and 76.7% at 1.5 and 2.0 mg/L, respectively. The MBZ were effective in 74.5% 4.0 mg/L to L. uruguayense and 100% at all concentrations against S. platyorchis and Digenetic. |
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