Estresse no trabalho e fatores associados em Técnicos Administrativos em Educação

Abstract

Objetivo e população-alvo: identificar a prevalência de Estresse no Trabalho e fatores associados em Técnicos-Administrativos em Educação da Universidade Federal do Rio Grande (FURG). Delineamento: observacional transversal quantitativo. O presente estudo faz parte de um projeto maior, intitulado “SABES - Saúde e Bem-estar entre Servidores da FURG”, realizado em 2018/19. Desfecho: Estresse no trabalho. A amostragem foi feita de forma estratificada por unidades acadêmicas e administrativas da universidade. O cálculo de tamanho de amostra estimou um N de 307 participantes, tendo se obtido um total de 320 participantes. Análise: Foi realizada análise univariada para descrever a amostra em termos de variáveis independentes e também para calcular a prevalência de estresse no trabalho. Para análise bivariada, foi utilizado teste Qui-quadrado para verificar associação entre o desfecho e as variáveis categóricas. Para análise dos fatores associados ao desfecho, foi utilizada Regressão de Poisson com ajuste robusto da variância, estimando as razões de prevalência brutas e ajustadas. Resultados: a prevalência do Estresse no Trabalho foi de 29,1%. A análise mostrou que participantes com a cor da pele não branca, com maior renda, com mais tempo de trabalho na universidade (10 anos ou mais) e que relataram sofrer assédio moral no trabalho tinham maior risco de apresentar Estresse no Trabalho. Conclusão: Ao traçar o perfil de técnicos administrativos em educação relacionando-o com o estresse ocupacional e os fatores associados, é possível identificar importantes informações laborais a fim de elucidar estratégias que contribuam para a melhoria das condições de trabalho impactando diretamente na qualidade de vida dos profissionais.

Objective and target population: To identify the prevalence of work stress and associated factors among Administrative Technicians in Education at the Federal University of Rio Grande (FURG). Design: Quantitative cross-sectional observational study. The present study is part of a larger project titled "SABES - Health and Well-being among FURG Employees," conducted in 2018/19. Outcome: Work stress. Sampling was stratified by academic and administrative units of the university. The sample size calculation estimated a sample size of 307 participants, and a total of 320 participants were obtained. Analysis: Univariate analysis was performed to describe the sample in terms of independent variables and to calculate the prevalence of work stress. For bivariate analysis, the chi-square test was used to examine the association between the outcome and categorical variables. Poisson regression with robust variance adjustment was used to analyze factors associated with the outcome, estimating crude and adjusted prevalence ratios. Results: The prevalence of work stress was 29.1%. The analysis showed that participants with non-white skin color, higher income, longer tenure at the university (10 years or more), and those who reported experiencing workplace harassment had a higher risk of experiencing work stress. Conclusion: By profiling administrative technicians in education in relation to occupational stress and associated factors, it is possible to identify important labor-related information to elucidate strategies that contribute to improving working conditions, directly impacting the quality of life of professionals.