Abstract:
Este ensaio teórico tem a pretensão de demonstrar a importância que o conceito de natureza ocupa na pedagogia de Rousseau. Marcado pelo espírito de seu tempo e longe de ser considerado um ingênuo, Rousseau inverte a lógica do pensamento vigente quando considera que naturalmente tudo sai bem das mãos do autor das coisas, defendendo, desse modo, que naturalmente os homens são bons. Que bondade é essa? Se naturalmente somos bons, qual é a necessidade da educação? Essas e outras questões são discutidas neste ensaio. Também será aqui apresentada a defesa de uma educação que respeite o desenvolvimento natural, a partir da retomada de alguns aspectos da leitura de sua obra Emílio ou da Educação. Fica evidente que, a partir do conceito de natureza, não é pensada apenas a educação, mas o modelo de sociedade que se almeja no contexto do século XVIII.
This theoretical essay aims at showing the importance of the concept of Nature in Rousseau‟s pedagogy. Since he was influenced by his time and could not be considered naïve at all, Rousseau inverted the logics of the prevailing thoughts regarding the belief that everything turns out well in the hands of its author, thereby arguing that men are naturally good. What kind of goodness is this? If we are naturally good, which is the need for education? These issues, and others, are discussed in this essay. We also defend the education that respects natural development by using some of the aspects we have found in Rousseau‟s Émile: or, on Education. Clearly, the concept of nature leads us to think about education and the model of society that is expected in the context of the eighteenth century.