As sombras da violência doméstica contra crianças e adolescentes à luz de Pierre Bourdieu

Gomes, Giovana Calcagno; Fernandes, Sônia Lorena Soeiro Argôllo; Erdmann, Alacoque Lorenzini; Nitschke, Rosane Gonçalves

Abstract:

 
O presente estudo tem por objetivo refletir sobre a violência doméstica contra a criança e o adolescente a partir das concepções de Bourdieu. Utiliza os conceitos de habitus e campo, aproximandose do fenômeno da violência para melhor compreender a atitude da família como cuidadora. Mostra que o uso da violência física contra a criança e o adolescente tornou-se habitus para algumas famílias e que, tanto o lar como o hospital, são campos de luta e de relações de poder capazes de impor sua própria lógica aos agentes que nele se inserem. Alerta que esse tipo de violência é histórica e tende a ser reproduzida. Torna-se urgente o enfrentamento dessa questão por profissionais da saúde e da enfermagem através de práticas mais sensíveis, efetivas e éticas.
 
This study reflects about domestic violence against children and adolescents based in the conceptions of Bourdieu. He utilizes the concepts of habitus (habit) and campo (field) approaching the violence phenomenon to better understand the family’s attitudes as care providers. Bourdieu shows that the use of physical violence against children became a habitus in some families and that not only at home, but even in hospitals, there are campos of fight and campos of power relations, able to impose their own logic upon the existing agents. The domestic violence against children is historic and tends to be reproduced. It is important that health professionals face this problem through more sensible, effective and ethic practices.
 
El presente estudio presenta una reflexión con respecto a la violencia doméstica contra el niño y el adolescente a partir de las concepciones de Bourdieu. Utiliza los conceptos de habitus y campo aproximándose del fenómeno de la violencia en la búsqueda de comprender mejor las actitudes de las familias como cuidadoras. Muestra como el uso de la violencia física contra el niño y el adolescente se tornó habitus para algunas familias y que, tanto el hogar como el hospital, son campos de lucha y campos de relaciones de poder capaces de imponer su propia lógica a los agentes que en él se encuentran inseridos. La violencia doméstica es histórica y tiende a reproducirse. Se hace urgente el enfrentamiento de esa cuestión por profesionales de la salud y de la enfermería a través de prácticas más sensibles, efectivas y éticas.
 

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