Toxidade aguda da amônia e do nitrito para juvenis do pampo Trachinotus marginatus (CUVIER, 1832) em diferentes salinidades

Costa, Luiza Dy Fonseca

Abstract:

 
O presente estudo foi conduzido com o objetivo de estimar a toxicidade aguda da amônia (N-NH3) e do nitrito (N-NO2-) para juvenis do pampo Trachinotus marginatus (0,86 ± 0,21 g) em diferentes salinidades: 5, 10 e 30‰. Os juvenis foram capturados na Praia do Cassino (Rio Grande, RS), levados para o laboratório e aclimatados nas salinidades desejadas durante 10 dias.Durante este período eles foram alimentados em excesso diariamente. A temperatura e o fotoperíodo foram fixados em 24ºC e 12C:12E, a concentração de oxigênio dissolvido e o pH foram medidos diariamente. Grupos de cinco peixes foram expostos a cinco concentrações de amônia (concentrações reais entre 0,28 a 3,53 mg/L N-NH3) e nitrito (concentrações reais entre 24,8-191,1 mg/L N-NO2-) durante 96 h, mais um grupo controle para cada salinidade (três repetições cada). Os testes foram conduzidos em um sistema semi-estático com renovação diária total dos meios experimentais. As concentrações letais medianas e seus respectivos intervalos de confiança (95%) foram estimados com base nos dados de mortalidade registrados nas diferentes concentrações testadas, utilizando o software Trimmed Spearman Karber Method. As CL50 - 96 h de amônia foram: 0,66 (0,53-0,81; 5‰), 1,87 (1,65-2,12; 10‰) e 1,06 (0,94-1,20; 30‰) mg/L N-NH3. As CL50 - 96h para nitrito foram 39,94 (36,39 -43,84; 5‰), 116,68 (112,52-121,00; 10‰) e 37,55 (20,91-67,44; 30‰) mg/L N-NO2-. A toxicidade aguda da amônia e nitrito para o pampo foi afetada pela salinidade. Os resultados do presente estudo mostraram que pampos criados em um ambiente isosmótico são menos sensíveis a N-NH3 e N-NO2-. A tolerância para a amônia é comprometida em salinidades reduzidas, enquanto que a toxicidade do nitrito é similar nas salinidades 5 e 30‰
 
The present study was conducted to estimate the acute toxicity of ammonia nitrogen(NH3-N) and nitrite-nitrogen (NO2- -N) to juvenile pompano Trachinotus marginatus (0.86 ± 0.21 g) at different salinity levels: 5, 10 (equivalent to its isosmotic point), and 30‰. Fish were acclimated to the different salinities for 10 days and fed in excess daily. Groups of five fish (0.86 ± 0.21 g) were exposed to five concentrations of NH3-N and NO2- -N for 96 h plus control groups for each salinity in three replicates where no toxicant was added, measured concentrations ranged from 0.28 to 3.53 mg NH3-N/L and 24.8 to 191.1 mg NO2- -N/L. Tests were run using a standard semi-static system with 100% daily renewal of water and toxicants. The results were based on mortality data registered in different concentrations tested, using the software Trimmed Spearman Karber method. The median-lethal concentrations (LC50) after 96h of exposure to NH3-N were 0.66 (0.53-0.81), 1.87 (1.65-2.12) and 1.06 (0.94-1.20) mg NH3-N/L for 5‰,10‰, and 30‰. The LC50 -96 h to NO2- -N were 39.94 (36.39-43.84), 116.68 (112.52-121.00) and 37.55 (20.91-67.44) mg NO2- -N/L for ‰, 10‰, and 30 ‰. Acute toxicity of NH3-N and NO2- -N to pompano was affected by salinity. Results of the present study show that pompano reared at an isosmotic environment are less sensitive to NH3-N and NO2- -N. Tolerance to NH3-N is compromised at reduced salinities, while toxicity of NO2- -N is similar at 5 and 30 ‰
 

Description:

Dissertação(mestrado)-Universidade Federal do Rio Grande, Programa de Pós-Graduação em Aqüicultura, Instituto de Oceanografia, 2008.

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  • IO- Mestrado em Aquicultura (Dissertações)