Abstract:
The aim of the study was to assess the prevalence of oral lesions in AIDS patients and identify associated factors. A cross-sectional study collected data from interviews, clinical examination, and
a review of medical records for adult patients treated at the HIV/AIDS clinic in the University Hospital of the Federal University in Rio Grande, Rio Grande do Sul State, Brazil, focusing on socio- demographic, immune status, and treatment
factors. Poisson regression was used in a hierarchical analytical model. From April 2006 to January 2007, 300 patients were observed (51% males; mean age 40 years). Of the total, 39% presented oral lesions, with candidiasis as the most frequent (59.1%), followed by hairy leukoplakia (19.5%). Women showed a lower risk of oral lesions, and there was an inverse association with CD4 count. Increased risk was associated with
lower schooling, low income, smoking, alcohol
addiction, time since HIV seroconversion, and
higher viral load. The data confirm the increased prevalence of opportunistic oral lesions and show their relationship to socioeconomic conditions and modifiable habits and customs.
O objetivo deste estudo foi avaliar a prevalência de lesões bucais entre pacientes HIV positivos e identificar fatores associados a tais lesões. Foi realizado estudo transversal que coletou dados mediante entrevista, exame clínico e consulta aos prontuários médicos de pacientes adultos atendidos no Serviço de HIV-AIDS do Hospital Universitário da Universidade Federal do Rio Grande, Rio Grande do Sul, Brasil, sendo considerados fatores sócio-demográficos, imunológicos e terapêuticos. Foi utilizada a regressão de Poisson num modelo hierárquico de análise. Entre abril de 2006 a janeiro de 2007 foram observados 300 pacientes, sendo 51% do sexo masculino e média de idade de 40 anos; 39% apresentaram lesões bucais, sendo a candidíase a mais freqüente (59,1%), seguida de leucoplasia pilosa (19,5%). As mulheres apresentaram um risco menor, com observância de uma associação inversa com o CD4. Houve um risco maior entre aqueles pacientes com menor escolaridade, menor renda, tabagistas, dependentes do álcool, com maior tempo de infecção pelo HIV e carga viral mais elevada. Os dados confirmaram a elevada prevalência das manifestações bucais oportunistas e evidenciaram a sua relação com a situação social, assim como sua relação com determinados hábitos e costumes passíveis de modificação.