The use of maternal and child health services in three population-based cohorts in Southern Brazil, 1982-2004

Cesar, Juraci Almeida; Manitto, Alicia Matijasevich; Santos, Iná da Silva dos; Barros, Aluísio Jardim Dornellas de; Costa, Juvenal Soares Dias da; Barros, Fernando Celso Fernandes de; Victora, Cesar Gomes

Abstract:

 
This study aimed to describe indicators of health care assistance during antenatal care, delivery and in the first year of life in Pelotas, Rio Grande do Sul State, Brazil. In 1982, 1993, and 2004, all hospital newborns from the urban area of Pelotas were enrolled in a cohort study. In this period, the number of pregnant women that did not attend antenatal care fell from 4.9% to 1.9%; the mean number of appointments increased from 6.7 to 8.1; and the number of women who began antenatal care in the third trimester of pregnancy decreased from 14.8% to 7%; caesarean sections increased from 27.7% to 45.2% and the proportion of deliveries assisted by physicians increased from 61.2% to 89.2%. Improvements in immunization rates during the first year of life mainly occurred between 1982 and 1993, while the number of preventive medical appointments improved among those born in 2004. This increase in coverage was greater for low-income mothers and children, which may reflect the implementation of universal coverage in Brazil; however, coverage levels in 1982 were already high for wealthy mothers and children, reducing the scope for further gains.
 
Este estudo teve como objetivo descrever os indicadores de atenção à saúde durante o pré-natal, parto e primeiro ano de vida em Pelotas, Rio Grande do Sul. Em 1982, 1993, e 2004, todas as crianças que nasceram em hospitais na área urbana de Pelotas foram incluídas num estudo de coorte. Durante o período, o número de mulheres que não receberam atendimento pré-natal diminuiu de 4,9% para 1,9%; o número médio de consultas de pré-natal aumentou de 6,7 para 8,1; a proporção de gestantes que iniciaram o pré-natal no terceiro trimestre da gravidez diminuiu de 14,8% para 7%; a taxa de cesarianas aumentou de 27,7% para 45,2% e a proporção de partos assistidos por médicos aumentou de 61,2% para 89,2%. No primeiro ano de vida, as taxas de imunização melhoraram principalmente entre 1982 e 1993, enquanto o número de consultas médicas preventivas melhorou na coorte de 2004. Esse aumento de cobertura foi maior entre mães e crianças de baixa renda, o que pode refletir a implementação de cobertura universal no Brasil; entretanto, em 1982 a cobertura já era alta para mães e crianças de renda mais alta, reduzindo assim os espaço para ganhos adicionais nessa faixa de renda.
 

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