Consumo de carnes por adolescentes do Sul do Brasil

Assunção, Maria Cecília Formoso; Dumith, Samuel de Carvalho; Menezes, Ana Maria Baptista; Araújo, Cora Luiza Pavin; Schneider, Bruna Celestino; Vianna, Carolina Ávila; Machado, Eduardo Coelho; Wehrmeister, Fernando César; Muniz, Ludmila Correa; Zanini, Roberta de Vargas; Orlandi, Silvana Paiva; Madruga, Samanta Winck

Abstract:

 
Objetivo: Descrever a frequência de consumo de diferentes tipos de carnes conforme variáveis sociodemográficas e nutricionais, e analisar o consumo, em adolescentes do Sul do Brasil, de dieta rica em gordura conforme os tipos de carne consumidos. Métodos: Estudo transversal realizado com adolescentes pertencentes à coorte de nascimentos de 1993, em Pelotas (RS). A frequência de consumo de carnes vermelhas, brancas, vísceras e embutidos foi avaliada por um Questionário de Frequência de Consumo Alimentar, adaptado para este estudo. A ingestão de dieta rica em gordura foi avaliada a partir do instrumento proposto por Block. As variáveis independentes foram sexo, cor da pele, nível socioeconômico, escolaridade materna e estado nutricional. Nas análises estatísticas, foram utilizados testes Qui-quadrado de heterogeneidade e de tendência linear. Resultados: Foram avaliados 4.325 adolescentes com idade média de 14,7, DP=0,3 anos, dos quais 51,2% eram do sexo feminino. A frequência de consumo diário de carnes vermelhas foi maior do que a de carnes brancas (43,0%e 9,7%, respectivamente). O consumo de embutidos por mais do que quatro vezes por semana foi referido por 48,5% dos indivíduos, e 81,4% relataram consumir vísceras raramente ou nunca. Adolescentes de maior nível socioeconômico e filhos de mães com maior escolaridade apresentaram maior consumo de carnes vermelhas e embutidos, enquanto aqueles em situação oposta apresentaram maior consumo de carnes brancas. Adolescentes que consomem carnes com maior frequência também consomem dieta rica em gordura. Conclusão: As carnes consumidas com maior frequência pelos adolescentes foram as vermelhas e os embutidos. No entanto, adolescentes de maior nível socioeconômico consomem carnes vermelhas com maior frequência, enquanto adolescentes menos favorecidos economicamente consomem mais carnes brancas.
 
Objective: The present study investigated the consumption frequency of various meats according to sociodemographic and nutritional variables and analyzed the consumption of high-fat diets according to type of meat by southern Brazilian adolescents. Methods: This cross-sectional study included the 1993 birth cohort from Pelotas (RS). The consumption frequency of red, white and organ meats and sausage were investigated by a food frequency questionnaire adapted for this study. Dietary fat content was determined as proposed by Block. The independent variables were gender, skin color, socioeconomic level, maternal education level and nutritional status. The statistical analyses included the Chi-square linear tendency test and the Chi-square test of homogeneity. Results: A total of 4,325 adolescents with a mean age of 14.7 years, SD=0.3 years, were assessed, of which 51.2% were females. Red meat was consumed more frequently daily than white meat (43.0% and 9.7%, respectively). Sausage consumption frequency greater than 4 times per week was reported by 48.5% of the sample, and 81.4% reported to consume organ meats rarely or never. Adolescents of higher socioeconomic levels and of mothers with higher education levels consumed more red meats and sausages, while those in the opposite situation consumed more white meats. Adolescents who consumed meats more frequently also consumed a high-fat diet. Conclusion: Red meats and sausages were the meats most frequently consumed by the study adolescents. However, adolescents of higher socioeconomic levels consumed red meats more often, while those of lower socioeconomic levels consumed white meats more often.
 

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