Abstract:
Objetivos: Conhecer as condições de assistência à gestação e ao parto no município do Rio Grande/RS e estabelecer prioridades de intervenção. Métodos: Entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2007 aplicou-se um questionário padronizado buscando informações sobre as características demográficas maternas, socioeconômicas da família e de assistência à gestação e ao parto para recém-nascidos de mães residentes no município. Resultados: Dentre os 2.557 nascimentos ocorridos, 98,5% nasceram vivos; 20% eram filhos de adolescentes; 72% realizaram pelo menos seis consultas de pré-natal; 74% iniciaram as consultas no primeiro trimestre de gravidez; ao menos 90% realizaram todos os exames laboratoriais básicos, mas, pouco mais da metade realizou exame ginecológico e citopatológico de colo uterino; 52% dos partos foram por cesariana; 93% das crianças foram atendidas pelo pediatra, ainda na sala de parto; 79% dos partos foram através do SUS; 9% nasceram com baixo peso e 16% eram prematuros (<37 semanas). Conclusões: A cobertura do pré-natal mostrou-se elevada, mas pode ainda ser melhorada. A realização de exames clínicos básicos como citopatológico de colo uterino ficou muito aquém do desejado. Há necessidade de melhorar a assistência pré-natal e ao parto no município.
Objective: To assess health care received by pregnant women during antenatal period and delivery in the municipality of Rio Grande, RS, Southern Brazil, and to establish priority of intervention. Methods: In 2007, standardized questionnaire was applied to all mothers from the municipality about their demographic characteristics, socioeconomic level of their families and kind of care received during antenatal period and delivery. Results: Among 2.557 children studied, 98,5% were born alive, 20% of their mothers were teenagers, 72% of them performed at least six medical consultation in the period and 74% started antenatal care in the first trimester of pregnancy; 90% accomplished all basic lab tests, however only half of them performed gynecologic exams and pap smears; 52% of all infants were attended by a pediatrician during delivery, 79% of them were born using public health sector, 9% were born with low birth weight and 16% were premature (<37 weeks). Conclusions: Prenatal coverage was high, but needs to be increased; a clinical examination such as Pap smea was lower than level expected. Health care during pregnancy and delivery should be improved in the municipality.