Microcystins uptake by the yellow clam Mesodesma mactroides (Bivalvia, Mactroidea)

Leão, Janaina de Castro; Giordano, Sheila Bueno; Yunes, João Sarkis

Abstract:

 
Microcystins (MCYST), common cyanobacterial hepatotoxins, have been observed in the Patos Lagoon and the estuary over the last three decades. Anthropogenic pollution associated to the environmental features has promoted the frequent occurrence of cyanobacterial blooms in this environment. The present work aimed to evaluate the MCYST uptake by the filter-feeding mollusk Mesodesma mactroides Deshayes, 1854, which occurs in the nearby coasts of the Patos Lagoon estuary, Brazil. Bioassays were carried out using the toxic strain Microcystis aeruginosa RST9501, isolated from the Patos Lagoon estuary. Clams were exposed to live cells of this toxic cyanobacterium for 12 days, taking up MCYST to a maximum of 5.27±0.23 μg MCYST.g-1 (dry hepatopancreas weight). Since several blooms reaching the Patos Lagoon estuary and the nearby areas are observed, these results indicate that the toxins from M. aeruginosa blooms can be accumulated by this filter-feeding animal, making it a potential vector to the local trophic web
 
As microcistinas (MCYST), hepatotoxinas produzidas por cianobactérias, tem sido encontradas na Lagoa dos Patos e seu estuário ao longo dos últimos trinta anos. A poluição antropogênica associada com as características ambientais locais tem favorecido a ocorrência de florações de cianobactérias nesse ambiente. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a assimilação de MCYST pelo molusco filtrador Mesodesma mactroides Deshayes,1854, que ocorre na costa adjacente ao estuário da Lagoa dos Patos, Brasil. Experimentos em laboratório foram realizados utilizando uma cepa tóxica da espécie Microcystis aeruginosa RST9501, isolada do estuário da lagoa dos Patos. Os mariscos foram expostos a células vivas da cianobactéria tóxica durante 12 dias, apresentando um valor máximo de retenção de 5,27±0,23 μg MCYST.g-1 (peso seco do hepatopâncreas). Uma vez que diversas florações contendo M. aeruginosa atingindo o estuário da Lagoa dos Patos e áreas costeiras são observadas, os resultados indicam que essas toxinas, comuns nessas florações, podem ser acumuladas por esse animal filtrador, tornando-o um potencial vetor para a teia trófica local
 

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