Análise espacial do crescimento econômico do Rio Grande do Sul (1939-2001)

Monasterio, Leonardo Monteiro; Avila, Rodrigo Peres de

Abstract:

 
O trabalho aplica a econometria espacial para analisar o crescimento econômico das 58 áreas estatisticamente comparáveis gaúchas entre 1939 e 2001. Os testes de I de Moran mostraram que áreas ricas tenderam a ser circundadas por áreas ricas, e as pobres, por áreas igualmente pobres. A análise exploratória de dados espaciais (ESDA) destacou que as aglomerações de alto crescimento tenderam a se localizar na região da Serra e as de baixo crescimento na regi˜ao da Campanha. O modelo de convergência absoluta não-espacial indica a existência de beta-convergência, mas ele também apresenta evidências de autocorrelação espacial. Para superá-la, estimaram-se os modelos de erros e de defasagens espacialmente autocorrelacionados. Ambos se mostraram superiores ao modelo padrão, sendo que o de erro espacial parece ser o mais apropriado. Testou-se também a possibilidade de existência de quebras estruturais ao longo do território gaúcho. Os resultados sugeriram que a regi˜ao da Campanha, ao sul do estado, compõe um regime espacial distinto do restante do RS. Os modelos de erro e defasagem espacial foram adequados, sendo que h´a sinais de que o primeiro ´e o de melhor ajustamento.
 
This work applies spatial econometrics to analyze the economic growth of Rio Grande do Sul 58 statistical comparable areas between 1939 and 2001. Moran-I tests suggest that rich areas had rich neighbors, and poor ones were agglomerated on poor neighborhoods. Exploratory spatial data analysis (ESDA) indicates that high grown clusters are located on the Serra region and the low ones on the Campanha region. The standard model indicates absolute β-convergence, but it also shows spatial autocorrelation. In order to deal with it, spatial lag and error models were tested. Both performed better than the standard model, and the spatial error seems to be the best option. Tests of structural break indicate that the Campanha region, the south of the state, has a different spatial regime than the rest of the state. Again, spatial error and lag models are appropriate; and the former has the best fitting.
 

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