Abstract:
A ocratoxina A e a citrinina são micotoxinas encontrados naturalmente em alimentos e
rações animais. A avaliação do risco do consumo de alimentos contaminados por esses
compostos deve ser estimada a partir de dados confiáveis que reflitam a verdadeira
concentração destas toxinas em diferentes alimentos ou insumos, especialmente se ingeridos
com freqüência. Isto gera a necessidade de métodos analíticos precisos que sejam rápidos sem
desconsiderar as etapas clássicas de avaliação de traços, amostragem representativa, extração,
limpeza, concentração, separação de formas químicas, detecção, confirmação de identidade e
quantificação. Para as micotoxinas em geral as técnicas cromatográficas são as mais aplicadas
e relatadas em vista da diversidade estrutural destes compostos. Neste trabalho foi realizada
uma otimização de extração utilizando o método QuEChERS modificado em comparação
com os métodos Soares e Rodrigues Amaya (1989), Tanaka (2001) e Ultrassom (Palma et. al.,
2007) empregando diferentes técnicas cromatográficas com detectores distintos para análise
destas micotoxinas simultaneamente. Foram analisadas 38 amostras de arroz cultivadas e
armazenadas em campos experimentais de Cachoeirinha na região Sul do Brasil. O uso dos
sistemas CCD, HPLC-DAD e LC-MS proporcionou especificidade, precisão e sensibilidade,
de modo que os limites de detecção e quantificação, obtivessem valores inferiores ao limite
máximo estabelecido por órgãos reguladores internacionais (5 µg Kg-1 para ocratoxina A). Os
limites de detecção encontrados para citrinina e ocratoxina A em camada delgada foram 4,7 e
6 vezes maior que para cromatografia líquida de alta eficiência acoplada a detector de arranjo
de diodos, 14 e 300 vezes maior que cromatografia líquida acoplada a detector de massas. Os
limites de quantificação das duas micotoxinas ficaram dentro do exigido pela legislação
européia para OTA de 5 µg Kg-1 para HPLC-DAD e LC-MS. Na cromatografia de camada
delgada esse valor ficou 4 vezes acima do estabelecido para ocratoxina A. A ocorrência de
ocratoxina A e citrinina foi verificada em 16 % das amostras estando os teores variando entre
3 e 560 µg Kg-1, sugerindo possível exposição crônica a estas micotoxinas caso as amostras
sejam consumidas.
Ochratoxin A and citrinin are mycotoxins found naturally in foods and feeds. The evaluation
of the risk of the consumption of contemned foods for those compositions should be dear
starting from reliable data that reflect the true concentration of these toxins in different foods
or inputs, especially if ingested frequently. This generates the need of necessary analytical
methods that they are fast without disrespecting the classic stages of evaluation of lines,
representative sampling, extraction, cleaning, concentration, separation in chemical ways,
detection, identity confirmation and quantification. For the mycotoxins the techniques
chromatography are in general the most applied and told in view of the structural diversity of
these composed. In this work an extraction optimization was accomplished using the method
QuEChERS modified in comparison with the methods Soares and Rodrigues Amaya (1989),
Tanaka (2001) and Ultrasound (Palma et. al., 2007) using different techniques
chromatography with different detectors for analysis of these mycotoxins simultaneously. The
38 samples of rice were analyzed cultivated and stored in experimental fields of Cachoeirinha
in the South of Brazil. The use of the systems TLC, HPLC-PDA and LC-MS, provided
specificity, precision and sensibility, so that the detection limits and quantification, they
obtained inferior values to the established maximum limit for organs international regulators
(5 ppb for ochratoxin A). The detection limits found for citrinin and ochratoxin A in thin layer
were 4,7 and 6 times larger than for liquid chromatography of high efficiency coupled to
detector of arrangement of diodes, 14 and 300 times larger than liquid chromatography
coupled to detector of mass. The limits of quantification of the two micotoxinas were inside
of the demanded by the European Legislation for OTA of 5 µg Kg-1 for HPLC-DAD and LCMS.
In the thin layer chromatography that value was 4 times above the established for
ocratoxina A. The occurrence of ocratoxina A and citrinin was verified in 16% of the samples
being the tenors varying between 3 and 560 µg Kg-1, suggesting possible chronic exhibition
the these mycotoxins in case the samples are consumed.