Abstract:
Este estudo objetivou conhecer as repercussões de uso do crack para a
gestante/puérpera, recém-nascidos e familiares. Pesquisa exploratória, descritiva com
abordagem qualitativa. A coleta dos dados foi realizada no primeiro semestre de 2014.
Integraram a produção de dados oito gestantes e dez puérperas dependentes de crack,
com seus respectivos familiares e dez prontuários de recém-nascidos. Os dados foram
produzidos por entrevistas semiestruturadas com gestantes/puérperas dependentes de
crack, familiares e análise dos prontuários dos recém-nascidos. Os dados foram
submetidos à análise de conteúdo. Evidenciou-se que as gestantes/puérperas
dependentes de crack iniciam seu uso por influência de amigos e vizinhos e, muitas
vezes, engravidam por realizarem sexo sem proteção. Quando grávidas muitas não
realizam o pré-natal. Em relação ao parto algumas têm parto normal e sem dificuldades,
apresentando sintomas de abstinência ao crack no hospital antes do parto. Outras
descobrem no hospital que possuem infecções sexualmente transmissíveis. Referiram
que com o uso de crack ficam emagrecidas e perdem os hábitos de higiene. Na busca por
diminuir o consumo de crack procuram substituí-lo por outras substâncias psicoativas,
sendo a principal o álcool por acharem menos nocivo para o bebê. As puérperas
dependentes de crack referiram como facilidade para o cuidado o fato da criança chorar
pouco; o apoio da família, de vizinhos e de amigos. Como dificuldades para o cuidado
elencaram a abstinência da droga que as leva a não se apegarem à criança; a
recomendação da não amamentação; a falta de apoio familiar; a vigilância dos
profissionais do Conselho Tutelar. Como expectativas para o futuro referiram querer parar
com o uso da droga; submeterem-se a tratamento; readquirirem a guarda dos filhos,
reestruturarem a família e abandonarem a prostituição. Quanto às repercussões do uso
de crack na gestação para o recém-nascido evidenciou-se a prematuridade, necessidade
do uso de tecnologias de cuidado, ocorrência de abortos e mortes após o nascimento;
malformações congênitas; contra-indicação da amamentação, levando à necessidade da
criança ser alimentada com leites artificiais; abandono materno, institucionalização e
adoção do recém-nascido. Em relação às repercussões do uso de crack da
gestante/puérpera para a família cuidadora, constataram-se como dificuldades para o
cuidado a mudança no seu modo de ser, à medida que mente, rouba e torna-se
agressiva. Como facilidades para cuidar da gestante/puérpera dependente de crack
referiram o apoio familiar, de amigos e vizinhos; sua vontade para se tratar; o acesso aos
serviços de saúde e a fé em Deus. A problemática do uso de crack exige dos profissionais
da saúde/enfermeiros preparo para o enfrentamento. Espera-se que a pesquisa contribua
para a reflexão e conscientização acerca da temática e a tomada de decisão de cada
profissional, identificando e aplicando intervenções terapêuticas eficazes e eficientes para
a gestante/puérpera dependente de crack, a criança e a família cuidadora.
This study aimed to know the repercussions of crack use for pregnant/puerperae,
newborns and families. Exploratory, descriptive qualitative research. Data collection was
performed in the first half of 2014. Have integrated the production of datas eight pregnants
and ten puerperaes crack dependents, with respectives families and ten records of
newborns. The data were produced by semistructured interviews with pregnants/
puerperaes crack dependents, families and analyzing the charts of newborns. The data
were subjected to content analysis. It was evidenced that the pregnants/ puerperaes crack
dependents begin your use by the influence of friends and neighborsand, often, become
pregnant by performing unprotected sex. When pregnants many do not realize prenatal.
For childbirth some have normal childbirth and without difficulties, and symptoms of
abstinence to the crack in the hospital before childbirth. Others discover in the hospital that
have sexually transmitted infections. Reported that with the use of crack become
emaciated and lose hygiene habits.In the quest to decrease the consumption of crack
seek to replace it with other psychoactive substances, being the main the alcohol because
they find less harmful to the baby. The puerperaes crack dependents reported as facility to
the care if the child crying little; support from family, neighbors and friends. As difficulties to
care revealed the abstinence of the drug that leads to not to cling to the child; the
recommendation of not breastfeeding; the lack of family support; the surveillance of
professionals Tutelary Council. As expectations for the future mentioned wanting to stop
with the use of the drug; submit to treatment; regain custody of the children, restructure the
family and abandon prostitution. Concerning the repercussions of crack use in the
gestation for the newborn evidenced the prematurity, need to use care technologies,
occurrence of abortions and deaths after birth; congenital malformations; contraindication
to breastfeeding, leading to the child's need to be fed with artificial milk; infant
abandonment, institutionalization and adoption of the newborn. Regarding the
repercussions of crack use in pregnant / puerperae for family caregivers, were verified as
difficulties to care for the change in their mode of being, as it lies, steals and becomes
aggressive. As facilities to care for pregnant / puerperae crack dependent reported the
family support, friends and neighbors; your willingness to treat; the access to health
services and faith in God. The problem of crack use requires of the health professionals of
the health / nurses prepared to confront. It is hoped that the research will contribute to the
reflection and awareness of the thematic and the decision making of each professional,
identifying and applying effective and efficient therapeutic interventions for pregnant/
puerperae dependent on crack, the child and the family caregiver.
Este estudio objetivó conocer las repercusiones de uso del crack para gestantes/
puerperas, recién nacidos y familiares. Investigación exploratoria, descriptiva con enfoque
cualtitativo. La recolección de los datos se llevó a cabo en el primer semestre de 2014.
Integraron la producción de dados ocho gestantes y diez puerperas dependientes de
crack, con sus respectivos familiares y diez registros de recién nacidos. Los datos fueron
producidos mediante entrevistas semiestructuradas con gestantes/puerperas
dependientes de crack, familiares y análisis de los registros de los recién nacidos. Los
datos fueron sometidos a análisis de contenido. Fue evidente que las gestantes/
puerperas dependientes de crack comienzan su uso por influencia de amigos y vecinos y,
con frecuencia, embarazan por realizaren sexo sin protección. Cuando embarazadas
muchas no realizan el prenatal. Para el parto algunas tienen parto normal y sin
dificultades, apresentando síntomas de abstinencia al crack en el hospital antes del parto.
Otras descubren en el hospital que poseen infecciones de transmisión sexual. Referiran
que con el uso de crack fican adelgazadas y perden los hábitos de higiene. En la
búsqueda para reducir el consumo de crack buscan sustituirlo por otras sustancias
psicoactivas, siendo el principal el alcohol por creeren ser menos perjudicial para el
bebé. Las puerperas dependientes de crack reportaran como facilidades para el cuidado
el facto del niño llorar poco; el apoyo de la familia, de vecinos y de amigos. Como
dificultades para cuidar eligieron la abstinencia de la droga que lleva a no teneren afecto
al niño; la recomendación de no amamantar; la falta de apoyo familiar; la vigilancia de
Consejo Tutelar. Como expectativas para el futuro reportaran querer dejar de usar la
droga; someterse a tratamiento; de recuperar la custodia de los hijos, reestructuraren la
familia y abandonaren la prostitución. Cuanto a las repercusiones del uso de crack en la
gestación para el recién nacido se presentaron la prematuridad, necesidad del uso de
tecnologías de cuidado, aparición de abortos y muertes tras el nacimiento;
malformaciones congénitas; contraindicación de la amamantamiento, lo que lleva a la
necesidad del niño de ser alimentado con leches artificiales; abandono materno,
institucionalización y adopción del recién nacido. Con respecto a las repercusiones del
uso de crack de la gestante/ puerpera para la família cuidadora, se constató como
dificultades para el cuidado la el cambio en su forma de ser, a medida que mente, roba y
se vuelve agresiva. Como facilidades para cuidar de la gestante/puerpera dependiente de
crack referieron el apoyo familiar, de amigos y vecinos; su disposición al trataminto; el
acceso a los servicios de salud y la fe en Dios. El problema del uso de crack requiere
profesionales de la salud /enfermeros preparados para el enfrentamiento. Se espera que
la investigación contribuya a la reflexión y concientización de la cuestión y la toma de
decisiones de cada profesional, identificando y aplicando de intervenciones terapéuticas
eficaces y eficientes a la gestante/puerpera dependientes de crack, el niño y la familia
cuidadora.