Avaliação da atenção ao parto por adolescentes em um hospital universitário

Enderle, Cleci de Fatima; Kerber, Nalú Pereira da Costa; Susin, Lulie Rosane Odeh; Sassi, Raul Andrés Mendonza

Abstract:

 
avaliar a atenção ao parto na ótica de adolescentes assistidas em um hospital universitário. Métodos: estudo quantitativo, descritivo, desenvolvido em um hospital universitário do Sul do Brasil. A amostra foi 269 adolescentes, entre 10 e 19 anos, de julho de 2008 a outubro de 2009. A coleta de dados foi com entrevista acerca das práticas de parto normal. Para análise estatística, foi utilizado o Teste Exato de Fisher. Os achados foram comparados com as práticas recomendadas à atenção perinatal preconizados pelo Ministério da Saúde (MS). Resultados: a posição litotômica adotada em 99% dos casos; a episiotomia foi realizada em 89,6% das parturientes; os toques vaginais foram realizados por mais de um examinador em 69,4% dos partos; a cateterização venosa profilática de rotina foi instalada em 91,8% das adolescentes e a restrição hídrica e alimentação esteve presente em 87,4 %. Estes achados não condizem com as orientações preconizadas pelo MS acerca da atenção ao parto. Conclusões: muitas condutas recomendadas pelo MS para o parto são desconsideradas na instituição em estudo, precisando ser revistas de modo a contemplar as diretrizes do MS.
 
evaluate birthing care from the perspective of adolescents seen at a university hospital. Methods: a quantitative descriptive study developed at a university hospital in the south of Brazil. The research sample was comprised of 269 adolescents, between 10 and 19 years of age, from July 2008 to October 2009. The data was collected through interviews about the practices of vaginal childbirth. Statistical analysis was performed using Fisher’s Exact Test. The fin-dings were then compared with the recommended practices for perinatal care recommended by the Ministry of Health (MH). Results: the lithotomic position was adopted in 99% of cases; an episiotomy was performed on 89.6% of delivering women; digital vaginal examinations were conducted by more than one examiner in 69.4% of deliveries; routine preventive venous catheterization was performed in 91.8% of adolescent girls and food and water restrictions were put in place in 87.4% of cases. These findings are not consistent with MH guidelines for birthing care. Conclusions: many of the guidelines recommended by MH for birthing care are disregarded at the reviewed institution and must be revised in order to address the directives of the Ministry of Health.
 

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