Avaliação de Ibicella lutea como agente antimicrobiano frente à Staphylococcus aureus

Volcão, Lisiane Martins; Coelho, Tatiane Silveira; Vàsquez, Alváro; Cerdeiras, Maria Pia; Silva, Pedro Eduardo Almeida da; Silva Júnior, Flávio Manoel Rodrigues da; Soares, Daniela Fernandes Ramos

Abstract:

 
Justificativa e Objetivos: O estudo objetivou a avaliação da atividade antibacteriana de extratos brutos e frações de Ibicella lutea, na inibição do crescimento de Staphylococcus aureus, avaliando a combinação destes compostos e sua atividade citotóxica. Métodos: Para a atividade antibacteriana dos extratos foi utilizado o Teste de Microdiluição em Caldo, seguido do Teste Checkerboard. Os extratos que apresentaram atividade antibacteriana foram submetidos ao teste de citotoxicidade, com células macrofágicas e determinação do seu Índice de Seletividade (IS). Resultados: A fração de acetato de etila (AcOE) obteve o melhor potencial antibacteriano (6,25 µg/mL), entretanto nenhum dos compostos testados apresentaram atividade bactericida nas concentrações empregadas. Neste estudo pode-se observar uma ação aditiva entre as frações AcOE e metanólica (MeOH), sendo a interação entre os extratos brutos indiferente. De acordo com o teste de citotoxicidade, a fração AcOE apresentou um maior índice de sobrevivência das células macrofágicas (IC50%=30,35 µg/mL). Entretanto, quando calculado o IS, não houve resultados satisfatórios (IS < 10) para os extratos analisados. Conclusões: Neste estudo observou-se o potencial antibacteriano das frações AcOE e MeOH, assim como uma ação aditiva na combinação das frações, dando suporte para o isolamento e caracterização de seus componentes ativos. Apesar dos extratos não apresentarem um IS satisfatório, novos estudos de toxicidade devem ser realizados para determinar com segurança o potencial de uso dos produtos provenientes de I. lutea, como é o caso de medicamentos para uso tópico ou biocidas.
 
Background and Objectives: The study aimed to evaluate the antibacterial activity of crude extracts and fractions of Ibicella lutea in inhibiting the growth of Staphylococcus aureus, by evaluating the combination of these compounds and their cytotoxic activity. Methods: To analyze the antibacterial activity of the extracts, the microdilution test in broth was used, followed by the checkerboard test. The extracts that showed antibacterial activity were submitted to the cytotoxicity test, with macrophage cells and determination of their Selectivity Index (SI). Results: The ethyl acetate fraction (AcOE) obtained the best antibacterial potential (6.25 μg/mL); however, none of the tested compounds showed bactericidal activity at the used concentrations. This study shows an additive action between the AcOE and methanolic fractions (MeOH), being the interaction between the crude extracts indifferent. According to the cytotoxicity test, the AcOE fraction showed a higher survival rate of macrophages (50%CI = 30.35 μg/mL). However, when the SI was calculated, there were no satisfactory results (SI <10) for the analyzed extracts. Conclusions: This study analyzed the antibacterial potential of the AcOE and MeOH fractions, as well as an additive action in the combination of the fractions, supporting the isolation and characterization of their active components. Although the extracts did not show a satisfactory SI, further toxicity studies should be carried out to safely determine the potential for use of products derived from I. lutea, for topical or biocidal use.
 

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