Abstract:
Justificativa e Objetivos: O estudo objetivou a avaliação da atividade antibacteriana de extratos brutos e frações
de Ibicella lutea, na inibição do crescimento de Staphylococcus aureus, avaliando a combinação destes compostos
e sua atividade citotóxica. Métodos: Para a atividade antibacteriana dos extratos foi utilizado o Teste de Microdiluição
em Caldo, seguido do Teste Checkerboard. Os extratos que apresentaram atividade antibacteriana foram
submetidos ao teste de citotoxicidade, com células macrofágicas e determinação do seu Índice de Seletividade (IS).
Resultados: A fração de acetato de etila (AcOE) obteve o melhor potencial antibacteriano (6,25 µg/mL), entretanto
nenhum dos compostos testados apresentaram atividade bactericida nas concentrações empregadas. Neste estudo
pode-se observar uma ação aditiva entre as frações AcOE e metanólica (MeOH), sendo a interação entre os
extratos brutos indiferente. De acordo com o teste de citotoxicidade, a fração AcOE apresentou um maior índice
de sobrevivência das células macrofágicas (IC50%=30,35 µg/mL). Entretanto, quando calculado o IS, não houve
resultados satisfatórios (IS < 10) para os extratos analisados. Conclusões: Neste estudo observou-se o potencial
antibacteriano das frações AcOE e MeOH, assim como uma ação aditiva na combinação das frações, dando suporte
para o isolamento e caracterização de seus componentes ativos. Apesar dos extratos não apresentarem um IS
satisfatório, novos estudos de toxicidade devem ser realizados para determinar com segurança o potencial de uso
dos produtos provenientes de I. lutea, como é o caso de medicamentos para uso tópico ou biocidas.
Background and Objectives: The study aimed to evaluate the antibacterial activity of crude extracts and fractions
of Ibicella lutea in inhibiting the growth of Staphylococcus aureus, by evaluating the combination of these compounds
and their cytotoxic activity. Methods: To analyze the antibacterial activity of the extracts, the microdilution
test in broth was used, followed by the checkerboard test. The extracts that showed antibacterial activity were
submitted to the cytotoxicity test, with macrophage cells and determination of their Selectivity Index (SI). Results:
The ethyl acetate fraction (AcOE) obtained the best antibacterial potential (6.25 μg/mL); however, none of the tested
compounds showed bactericidal activity at the used concentrations. This study shows an additive action between
the AcOE and methanolic fractions (MeOH), being the interaction between the crude extracts indifferent. According
to the cytotoxicity test, the AcOE fraction showed a higher survival rate of macrophages (50%CI = 30.35 μg/mL). However,
when the SI was calculated, there were no satisfactory results (SI <10) for the analyzed extracts. Conclusions:
This study analyzed the antibacterial potential of the AcOE and MeOH fractions, as well as an additive action in the
combination of the fractions, supporting the isolation and characterization of their active components. Although
the extracts did not show a satisfactory SI, further toxicity studies should be carried out to safely determine the
potential for use of products derived from I. lutea, for topical or biocidal use.