Abstract:
During the austral winter the appearance of the Magellanic penguin (Spheniscus magellanicus) is common on
the southern coast of Brazil. The oil pollution constitutes a major cause of death of these birds. The monitoring
of the weight and blood variables is important to make decisions during the rehabilitation and release of these
animals. Thus, the aim of this study was to evaluate the relationship between the penguins’ survival during
rehabilitation and the values of hematocrit (Hct), total plasma protein (TPP) and body weight (BW) of the birds
received at Centro de Recuperação de Animais Marinhos (Recovery Centre for Sea Animals) between 2006
and 2009. The analysis took place weekly, and penguins were classified according to the outcome of the
rehabilitation process, when 101 specimens were rehabilitated and released, and 67 died. Released animals
showed a decrease in the Hct in the second and third weeks (41±6% and 40±5% respectively) followed by
recovery of the values in the fourth and fifth week (41±4% and 43±4% respectively). TPP levels increased
steadily over the collections, stabilizing at 7.3±0.8g/dL in the fourth week. On the other hand, animals that
died, although following the same response for TPP, showed no significant difference in Hct between
collections, and showed a tendency for loss of BW in the last weeks of rehabilitation. The curves of BW and
Hct during rehabilitation were considered a potential prognostic indicator of penguins in rehabilitation.
Animals that arrived at the recovery centre with BW, Hct and TPP above 2.700g, 45% and 5.6 g / dL,
respectively, have a greater chance of recovery, making these parameters crucial points in decision making
regarding the treatment to be conducted during rehabilitation.
Durante o inverno austral, é comum o aparecimento do pinguim-de-Magalhães (Spheniscus magellanicus) no
litoral sul do Brasil. A poluição por petróleo constitui a maior causa de morte dessas aves. O
acompanhamento do peso e de variáveis sanguíneas é importante para a tomada de decisões durante a
reabilitação e liberação desses animais. O objetivo deste estudo foi avaliar a relação entre a sobrevivência dos
pinguins durante a reabilitação e os valores de hematócrito (Ht), proteínas plasmáticas totais (PPT) e peso
corpóreo (PC) das aves recebidas no Centro de Recuperação de Animais Marinhos entre 2006 e 2009. As
análises ocorreram semanalmente, e os pinguins foram classificados em função do desfecho do processo de
reabilitação, quando 101 espécimes foram reabilitados e liberados e 67 foram a óbito. Animais liberados
apresentaram queda no Ht na segunda e terceira semanas (41±6% e 40±5%, respectivamente), seguida de
recuperação dos valores na quarta e quinta semanas (41±4% e 43±4%, respectivamente). Os níveis de PPT
aumentaram progressivamente ao longo das coletas, estabilizando na quarta semana em 7,3±0,8g/dL. Em
contrapartida, animais que foram a óbito, apesar de seguirem a mesma resposta para as PPT, não
apresentaram diferença significativa do Ht, entre as coletas, e demonstraram tendência à perda de PC nas
últimas semanas de reabilitação. As curvas de PC e Ht foram consideradas indicadoras potenciais de
prognóstico durante a reabilitação dos pinguins. Animais que chegaram ao centro de recuperação com PC, Ht
e PPT acima de 2.700g, 45% e 5,6g/dL, respectivamente, apresentaram maior chance de recuperação, fazendo