Abstract:
Em finanças, a relação entre risco e retorno é estabelecida pela incerteza associada aos retornos esperados de uma decisão de investimento. Nesse contexto, as boas práticas de Governança Corporativa, que objetivam proporcionar uma maior transparência na divulgação de seus resultados econômicos e financeiros, auxiliam na redução dos riscos de uma decisão. Para avaliar a relação entre transparência/informação e risco/retorno, o presente trabalho tem como objetivo geral analisar a composição, o risco e a persistência da volatilidade de três carteiras de variância mínima formadas, respectivamente, por ativos de empresas que fazem parte dos níveis de Governança listadas na BM&FBOVESPA: N1 (nível 1), N2 (nível 2) e NM (Novo Mercado). Nesse intuito, foi desenvolvida uma pesquisa exploratório-descritiva, utilizando-se de técnicas econométricas aplicadas sobre as informações primárias obtidas no sítio do BM&FBOVESPA. Os dados foram tratados com o auxílio do Excel, especificamente das ferramentas Solver, e com a aplicação do modelo CAPM e dos modelos da família ARCH. Os principais resultados encontrados revelam que a formação da carteira de variância mínima reduz, significativamente, o risco diversificável. Também se observou que, quanto maior o nível de Governança, maior é o seu risco não sistemático (NM>N2>N1). O estudo comparativo das carteiras formadas confirmou a tese de menor persistência de volatilidade das empresas do Novo Mercado. Concluiu-se, portanto, que a carteira formada por ativos de empresas do Novo Mercado é menos arriscada, comparativamente às formadas por ativos das empresas dos níveis 1 e 2.
The relationship between risk and return is established by the uncertainty associated with the expected returns of an investment decision. In this context, the corporate governance practices, whose objective is to provide greater transparency in the dissemination of economic and financial results, assist in reducing the risk of a decision. To assess the relationship between accountability and risk/return, this paper intends to analyze the composition, risk and volatility persistence of three minimum variance portfolios. These portfolios are composed of assets by companies incorporated in different levels of corporate governance listed on BOVESPA: N1 (level 1), N2 (level 2) and NM (New Market). In this context, we developed an exploratory and descriptive research, using econometric techniques applied to the information obtained from BOVESPA. The data were processed with the help of Excel, specifically, the SOLVER program, and the application of the CAPM and the models of the ARCH family. The results show that the composition of the minimum variance portfolio significantly reduces the risk diversifiable. Also was observed a direct relationship between level of governance and risk unsystematic (NM> N2> N1). The comparative research of the portfolios collected confirmed the theory about the persistent of volatility in New Market’s companies. We conclude, therefore, that the portfolio composed of New Market’s companies is less risky than the assets formed by companies in the levels 1 or 2.