Abstract:
Bycatch of franciscanas in fishing operations along the western South Atlantic Ocean has been observed for approximately 60 years. Reports on bycatch in shark gillnet fisheries off Uruguay date back to the early 1940s. A decade later, gillnet fisheries for bottom-dwelling fish became the major conservation concern for franciscanas in both Brazil and Argentina. A small portion (c. 10%), of the coastal gillnet fleet which operate from the port of Rio Grande (southern Rio Grande do Sul, Brazil) was monitored in 1999-2000. The total annual bycatch was estimated to be 946 franciscanas (non-parametric CI = 467 – 1525) for the year 1999 and 719 (non-parametric CI = CI: 248 – 1413) dolphins for 2000. The total bycatch for the whole FMA III was 1106 (CI: 578 – 1915) for 1999 and 992 (CI: 475 – 1832) for 2000. Since data were not normally distributed confidence intervals were estimated by non-parametric bootstrap. Despite strong evidence of decline for the stock from FMA III, no mitigation strategy has been established or designed. Instead, fishing effort is still very high, it is increasing and bycatch is uncontrolled. Thus, prompt management action is required. Regulation of gillnet fishing effort might be the only suitable immediate action to mitigate the bycatch.
Capturas acidentais de toninhas em operações de pesca têm sido observadas por aproximadamente 60 anos ao longo de sua distribuição no Atlântico Sul-Ocidental. Em águas uruguaias, os registros de capturas nas redes de emalhe, usadas na pesca de tubarões, datam do início dos anos 40. Uma década mais tarde, a pescaria de peixes demersais com redes de emalhe tornou-se a principal preocupação em relação à conservação da espécie tanto no Brasil como na Argentina. Em 1999 e 2000,
monitorou-se uma pequena parcela (c. 10%) da frota costeira que opera com redes de emalhe na costa sul do Rio Grande do Sul, Brasil. Estimou-se uma captura acidental anual de 946 toninhas (I.C. não-paramétrico = 248 – 1423) para o ano de 1999 e de 719 toninhas (I.C. não-paramétrico = 248 – 1423) para o ano de 2000. A captura acidental anual para toda a FMA III (FMA: Área de Manejo para a Toninha) foi estimada em 1106 (I.C. = 578 – 1915) e 992 (I.C. = 475 – 1832) toninhas em 1999 e 2000, respectivamente. Os intervalos de confiança foram estimados através de procedimentos de “bootstrap” não-paramétrico, visto que os dados não apresentavam distribuição normal. Até o presente, nenhuma estratégia mitigatória foi implementada ou elaborada, apesar das fortes evidências que o estoque da FMA III está declinando. Além disso, o esforço pesqueiro continua elevado, crescendo e as capturas acidentais sem controle. Ações de manejo pesqueiro são urgentemente necessárias. Talvez, a regulamentação do esforço de pesca seja a única atitude imediata aplicável e com chances de ser eficiente.