Abstract:
Este trabalho é fruto de um recorte de um projeto de pesquisa que objetivou identificar as representações sociais de alunos e professores de cursos de Administração a respeito da área de concentração Recursos Humanos – ou seja, como são pensadas atribuições, atuação e perfil dos profissionais e da área. Este artigo baseia-se nas representações sociais de professores de outras áreas sobre a área de RH. Buscou-se construir um texto reflexivo sobre a área, de forma a problematizar não só a relação entre o discurso e a prática no ambiente organizacional, mas também no âmbito acadêmico. Percebeu-se que a área é representada de forma ambígua. De um lado, é vista como sendo hipócrita no tratamento, enroladora e manipuladora, que ajuda a manter um discurso falacioso, pois vê o ser humano como recurso, ao mesmo tempo em que afirma que ele é o centro. Do outro, é representada como uma área soft, cercada de ingenuidade e romantismo, que desconsidera evidências empíricas e históricas e a própria fisiologia humana. Sendo assim, é uma área menosprezada pela parte executiva da empresa, não tendo uma posição estratégica como a de marketing e finanças.
This paper results from a research project whose aim was to identify the social representations of students and professors at Business courses with regard to the Human Resources concentration area; in other words, it aimed to analyze how tasks, performance and profile both of the professionals and of the area are elaborated.
This work is based on social representations of professors from other areas about the
HR area. The purpose was to construct a reflexive text on the area, in an attempt to
problematize the relationship between discourse and practice not only in the
organizational environment but also in the academic scope. It was noted that the
representation of the area is ambiguous. On the one side, it is perceived as doubledealing,
deceiving and manipulative, helping to maintain a falacious discourse as it
sees the human being as a resource, while declaring it as the core. On the other
side, it is represented as a soft area, surrounded with naiveté and romanticism, which
considers neither empirical and historical evidences nor the human physiology itself.
Therefore this area is undervalued by the firm‟s executives, lacking a strategic
position such as that of Marketing and Finance.