Navegando por Autor "Aguiar, Thais Geraldo Oliveira de"
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- ItemTransgredindo fronteiras de gênero : uma análise sobre os significados de vivências trans numa série da mídia televisiva(AGUIAR, Geraldo Oliveira de. Transgredindo fronteiras de gênero : uma análise sobre os significados de vivências trans numa série da mídia televisiva. 2018. 148 p. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação Educação em Ciências: Química da Vida e Saúde – Universidade Federal do Rio Grande. Rio Grande. 2018., 2018) Aguiar, Thais Geraldo Oliveira de; Quadrado, Raquel PereiraEsta dissertação foi produzida no Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências: Química da Vida e Saúde, na linha de pesquisa "Educação científica: implicações das práticas científicas na constituição dos sujeitos", com o objetivo de analisar os significados sobre as vivências trans presentes na primeira temporada da série Liberdade de Gênero, que estreou no dia 19 de outubro de 2016 e foi exibida semanalmente no canal de televisão brasileiro por assinatura GNT, até 21 de dezembro do mesmo ano. A ancoragem teórica a partir da qual desenvolvemos esta pesquisa situa-se no campo dos Estudos Culturais, em suas vertentes pós-estruturalistas. Como metodologia, utilizamos pressupostos da análise cultural por permitirem que se faça uma análise das mídias, considerando a linguagem como produtora de significados. Contendo dez episódios, com cerca de 22 minutos cada um, a série Liberdade de Gênero apresenta algumas histórias de pessoas que não se identificam com o gênero designado para elas ao nascerem, negando qualquer determinismo biológico. Mulheres-trans, homens-trans e não-binários relatam suas trajetórias de vida até assumirem a posição de gênero com a qual se identificam. Percebemos a série como uma pedagogia cultural que ensina outros modos de ser e de viver neste mundo, provocando discussões sobre as diferentes identidades de gênero, provocando questionamentos as normas de gênero, que reduzem as experiências entre homem/mulher ou masculino/feminino. Com base em nossos estudos, negamos que exista uma gênese para os gêneros, entendendo que esses são produzidos culturalmente de acordo com as normas que regem cada cultura, tempo e lugar, legitimando, assim, modos de ser mulher e modos de ser homem. As experiências aqui analisadas borram as fronteiras do regime de inteligibilidade corpo-gênero-sexualidade. Logo, salientamos que existem muitas formas de se vivenciar as identidades de gênero, independentemente de intervenções cirúrgicas e hormonais. Nossos estudos apontam que as vivências analisadas foram sendo produzidas através de relações de dominação, em que os ditos "normais", tentam conduzir as condutas dos sujeitos que estão transgredindo com as normas de gênero, visando controlar os modos de ser e estar no mundo desses sujeitos.
