Navegando por Autor "Araújo, Claudionor Ferreira"
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- ItemEstado capitalista, políticas públicas e reprodutivismo educacional(2013) Araújo, Claudionor Ferreira; Machado, Carlos Roberto da SilvaA avaliação de políticas públicas, como as de educação, precisa identificar que tipo de Estado as implementa e a que fins esse Estado se propõe. Buscamos, aqui, uma definição entre políticas de Estado ou de Governo e até onde este consegue alcançar e agir e em favor de que ou de quem ele age. Este trabalho se propõe apresentar tais definições como base para reflexão sobre a implementação das políticas públicas, especialmente educacionais, no atual modelo de Estado. E conclui-se pelo papel da educação em reproduzir o modelo social vigente em favor de quem domina o Estado.
- ItemAs perspectivas da educação ambiental no Brasil a partir das teses defendidas no Programa de Pós-Graduação em Educação Ambiental da Universidade Federal do Rio Grande(2016) Araújo, Claudionor Ferreira; Machado, Carlos Roberto da SilvaA presente pesquisa repousa sua linha investigativa sobre o Programa de Pós-Graduação em Educação Ambiental da Universidade Federal do Rio Grande (PPGEA/FURG) e sua produção acadêmica na forma das teses de doutoramento. Partindo da linha de pesquisa "Fundamentos da Educação Ambiental", foi estabelecido como objetivo geral a realização de um mapeamento das perspectivas da Educação Ambiental (EA) a partir das proposições das teses desse Programa, extraídas do corpo de seus resumos. Para tanto, toma-se a definição do ambiente como espaço construído socialmente em relações de disputa entre grupos antagônicos, com predomínio de um(uns) sobre outro(s). Esse predomínio se materializaria na forma de um quadro de injustiça ambiental que recai preferencialmente sobre os grupos sociais mais vulneráveis. Por sua vez, o campo da pesquisa em EA também se configuraria um espaço social em disputa, em que os grupos sociais se fazem representar por meio de perspectivas discursivas. Nesse sentido, estariam ali presentes tanto o discurso hegemônico, identificado pelo caráter conservador das propostas que o representam, quanto o discurso contra-hegemônico, este de caráter transformador. As perspectivas associadas ao discurso conservador seriam aquelas voltadas à manutenção do sistema socioeconômico vigente e do quadro de injustiça ambiental que ele gera. Por sua vez, as perspectivas de caráter transformador seriam aquelas que buscam, em última instância, a superação de ambos. Cabe, pois, a esta investigação identificar o discurso predominante entre as perspectivas em disputa no campo da EA. Para essa análise, convém, portanto, adotar, no plano geral, os referenciais da tradição marxista, de crítica ao sistema socioeconômico vigente e ao quadro de injustiça ambiental deflagrado no Brasil, como o próprio Marx e Henri Acselrad, respectivamente. No plano específico, da discussão no campo da EA, servem como interlocutores alguns autores, como Isabel Carvalho, Phillipe Layrargues e Gustavo Lima, e Caio dos Santos e outros, que empreenderam a identificação das perspectivas da EA em disputa no campo. No que concerne à análise dos dados, auxiliam principalmente as contribuições de John L. Austin, Mikhail Bakhtin e Michael Halliday. Dos dados obtidos, é possível apontar o discurso conservador, mais favorável aos interesses do(s) grupo(s) hegemônico(s) da sociedade, como predominante no campo da EA. No entanto, os dados também permitem vislumbrar no futuro uma mudança de rumos na disputa pela hegemonia no campo. Mas o que essa mudança representará efetivamente, caso se confirme, apenas o tempo dirá.
- ItemRio Grande (RS): uma "zona de sacrifício"(2013) Santos, Caio Floriano dos; Araújo, Claudionor Ferreira; Machado, Carlos Roberto da SilvaA partir do ano de 2005, a cidade de Rio Grande/RS, localizada no extremo sul do Brasil, torna-se alvo prioritário da retomada da indústria naval brasileira, ou melhor, se constrói e se "vende" como um produto para atrair esses "investimentos", utilizando, para tanto, da construção das "alternativas infernais". Tentando entender essas nuances, os impactos socioambientais e a caracterização da injustiça ambiental na cidade, é criado, no ano de 2011, o Observatório dos Conflitos Ambientais e Urbanos do Extremo Sul do Brasil (edital universal CNPq 2010-2012), vinculado à Universidade Federal do Rio Grande, que, desde então, vem acompanhando, através da mídia (local, regional e estadual), os conflitos ambientais e urbanos de Rio Grande e região. Foram mapeados 49 conflitos ambientais e urbanos (27 e 22, respectivamente) em Rio Grande, para os anos de 2011 e 2012, divididos em diferentes categorias para análise e pesquisa (SANTOS; MACHADO, 2013a). E, nesse sentido, Santos e Machado (2013a) alertam para o fato de Rio Grande ser caracterizada como uma "zona de sacrifício" ou "paraíso de poluição" (situação descrita por Acselrad [2004] para algumas cidades do Rio de Janeiro) por conter, numa mesma área, um grande número de atividades potencialmente poluidoras (ou efetivamente poluidoras), o que a torna uma "bomba relógio”.
